Lubango - A taxa de ocupação nos hotéis e similares da província da Huíla fixou-se, em 2024, numa média de 82 por cento, com um aumento de 27,5% em relação ao ano anterior, e Agosto foi o mês com maior fluxo de turistas.
A taxa consubstancia-se em nove mil 917 turistas (+7.188) que se alojaram em unidades hoteleiras que prestaram contas ao Gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, dos quais dois mil 592 foram estrangeiros, sobretudo, oriundos de Portugal, África do Sul, França e Brasil.
Em declarações à ANGOP, o director em exercício do referido gabinete disse que os dados podem ser superiores aos apresentados, pois apesar da obrigatoriedade dos operadores prestarem informações estatísticas, nem todos cumprem, pelo que os números do Gabinete representam, somente, perto de 20 por cento dos visitantes que estiveram na região.
Dos principais pontos turísticos visitados constam o Miradouro da Serra da Leba, a Cascata da Huíla, a Fenda da Tundavala e o Monumento do Cristo Rei, assim como o turismo cultural feito, sobretudo, no Museu Regional, no Sítio Histórico do Lubango e nos Barracões, este último, zona onde nasceu a cidade.p
Para o director em exercicio Yuri Monteiro o balanço é “positivo”, sobretudo, graças a realização de actividades que agregaram valor à componente hoteleira e turística, como a Bolsa Internacional do Turismo, o encontro da Unidade de Informação Financeira e a Feira dos Municípios e Cidades de Angola.
“Tivemos uma ocupação média de 82 por cento dos hotéis, mas ainda não satisfaz. Devíamos atingir os 100 por cento, situação que nos faz reflectir em trabalhar cada vez mais, a fim de acolher mais actividades para potenciar os hotéis, assim como publicitar e valorizar os pontos turísticos, para maior divulgação do turismo interno”, manifestou.
De forma geral, segundo a fonte, o sector "está bem", mas precisa de acelerar as acções do Plano Director de Desenvolvimento, consubstanciadas na superação das dificuldades de acesso em alguns pontos turísticos, da falta de infra-estruturas de apoio aos pontos turísticos, entre outros para se fazer turismo com maior conforto.
O Plano Director de Desenvolvimento do Turismo 2024-2027, da Huíla, disse o responsável, contempla a instalação de Quiosques de suporte ao turista na Fenda da Tundavala e no Cristo Rei, assim como a criação de novas linhas de créditos especiais que possam incentivar o investimento no sector.
Acrescentou que o Plano prevê a construção, a reabilitação e a asfaltagem das vias que ligam os pontos turísticos, a criação de um plano de formação profissional para operadores do sector, propostas para arrecadação de receitas com teleféricos a instalar na Fenda da Tundavala e no Cristo Rei, bem como a cobrança de portagem no acesso aos pontos turísticos.
Criação e actualização de roteiros turísticos na província e a sinalização dos pontos, quer dentro, como fora das localidades, são outras acções apontadas pelo responsável, no quadro do Plano de Desenvolvimento do Turismo na Huíla.
Yuri Monteiro sinalizou que a ideia é identificar as potencialidades turísticas da província, no contexto de oportunidades decorrentes da conjuntura actual e esperada no sector a nível nacional e mundial, para transformar os recursos turísticos da província em produtos afins.
A identificação das áreas de melhoria e dos pontos de bloqueio ao crescimento sustentável do turismo na província e a definição de uma visão clara sobre que turismo se pretende, em linha com a estratégia de desenvolvimento do país elaborada pelo Executivo constam das finalidades da iniciativa.
O Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos da Huíla controla actualmente 12 hotéis, 20 pensões, 14 aldeamentos turísticos, dois resorts, 88 hospedarias, 93 restaurantes, 296 snack-bares, 22 empresas de prestação de serviços e 21 agências de viagens. Conta, ainda, com 22 monumentos e sítios classificados. EM/MS