Luanda – Mais de metade das 23 praias autorizadas para banhistas, em Luanda, encontram-se sujas e impróprias para a actividade balnear.
Praias como a dos Generais, Nicha e Rua 11, no município de Talatona, da Chicala, Corinba, Praia Amélia, Capossoca (Luanda), Cacuaco (sede), Morro dos Veados, Museu de Escravatura e Quilómetros (Belas) apresentam um acumulado de de material ferroso, madeira e resto de comida espalhados pela areia.
Nestas zonas balneares, os espaços estão, parcialmente, cobertos por garrafas e sacos plásticos, latas, fraldas descartáveis e outro lixo orgânico.
Na praia da sede de Cacuaco, a equipa de reportagem da ANGOP constatou que, para além do lixo, tem a particularidade de ter a água suja, com uma cor semi-amarela.
No entanto, as praias da Ilha de Luanda, dos quilómetros depois do distrito dos Ramiros, Mussulo e Cabo Ledo, pontos mais procurados pelos banhistas, encontram-se sem lixo e com água limpa.
Entretanto, o porta-voz do Comando Provincial de Luanda do SNPCB, intendente Faustino Minguês, disse que os bombeiros controlam 45 praias, sendo 22 proibidas aos banhistas e 23 com acesso autorizado, mas os banhistas "invadem ” geralmente as praias proibidas.
"O que verificamos tem sido a insistência e negligência por parte de alguns banhistas de se fazerem presentes em algumas praias proibidas”, frisou o oficial.
O acesso público às praias, segundo Faustino Minguês, tem sido antecedido de campanhas de sensibilização a nível das comunidades, patrulhamentos náutico, apeado, de lancha e motorizado nas 45 praias controladas e catalogadas pelos bombeiros em Luanda.
Questionado sobre o nível de controlo dos banhistas diante das "enchentes" nas praias, sobretudo no quadro das medidas de situação de calamidade pública, o porta-voz dos bombeiros disse que trabalham coordenados com outras forças.
"Os finais de semana prolongados são preocupantes, aliás tínhamos noção que não seria uma tarefa fácil e que a responsabilidade não seria simplesmente dos bombeiros, mas da população em geral”, disse.
Faustino Minguês disse que desde a abertura das praias, em Luanda, morreram, por afogamento, mais de 30 pessoas e 50 salvas em eminência de afogamento, na sua maioria adolescentes. As mortes, na sua maioria, ocorreram em praias proibidas e sem presença de salva-vidas.
Segundo o oficial, a zona balnear na província tem uma extensão de 304 quilómetros, partindo do rio Zenza, município de Cacuaco (Luanda), ao rio Longa.
“Estão catalogadas e controlamos 45 praias, destas 23 autorizadas ou com acesso e 22 não autorizadas ou seja sem acesso. Das 23 praias com acesso temos 12 praias vigiadas, com os postos de vigia, com a presença permanente dos nadadores salvadores e 11 praias não vigiadas, ainda assim temos realizado os patrulhamentos nestas praias”, esclareceu.
Em Luanda, os bombeiro apontam como praias proibidas a Mabunda, Corimba, por do sol, Morro dos Veados, Museu da escravatura, kms 25 e 30, Ponto Final, Floresta, Casa Lisboa, Panorama, Chicala, todas na baía, Kilombo, Chicala, Porto Pesqueiro, Petrangol, Cimangola, Cefopesca, Foz do Rio Zenza, Farol das lagostas, Boia amarela, Nicha, Buraco, Foz do Kwanza.
As praias com acesso , segundo os bombeiros, a do Farol velho na contra Costa, Banho, Lelo, Panorama na contra costa, Tamariz, Coconote, Marinha, Jango veleiro, Vila sede de Cacuaco, Amélia, mas não em toda sua extensão, Rua 11, Generais, Ramiros , Macoco, Mussulo centro, Sonho dourado, Sepa, Mangueiras, Ponta do Mussulo, Jembas, Neiuco, Sangano, Carpi Den .
O Serviço de Bombeiros e Protecção Civil apontaram a praia do Farol velho na contra costa, Marinha, do jango veleiro, Vila sede em Cacuaco, Sangano, Neiuco, jembas , Mussulo centro, sonho Dourado, sepa, Ponta do Mussulo, como zona balnear vigiadas por nadadores salvadores .
As praia com acesso, mas não vigiadas, segundo a fonte, são a do Panorama na contra costa, Lelo, Tamariz, Coconote, Amélia, Rua 11, Ramiros, Macoco, Roça das mangueiras, Generais e a Carpi Den.