Lubango - A necessidade de um investimento estratégico em infra-estruturas, treinamento de mão-de-obra, marketing e políticas que favorecerem o desenvolvimento do turismo foi ressaltada esta quinta-feira, na cidade do Lubango, pelo ministro do sector, Márcio Daniel.
Ao falar na abertura da Bolsa Internacional do Turismo (BITUR), o governante destacou a indispensabilidade de continuar-se a criar um ambiente de negócio favorável aos investidores e garantir a segurança e a acessibilidade aos destinos turísticos, cujas parcerias público-privadas devem desempenhar um papel fundamental no processo, possibilitando uma abordagem holística e sustentável.
Declarou que o turismo não é apenas um meio de atrair visitantes, mas uma ponte a conectar nações, povos, culturas e economias, sendo que Angola, com as suas paisagens, herança cultural e hospitalidade única, possui um potencial que quando explorado, de maneira estratégica, pode se tornar a força motriz por de trás de uma nova era económica do país.
"A diversificação económica é mais do que uma aspiração, é uma necessidade premente para garantir a resiliência e o desenvolvimento sustentável de Angola. O turismo desempenha um papel central nesse esforço, proporcionando não apenas uma fonte de receitas e geração de empregos para a juventude, mas também fomenta o intercâmbio cultural e promove o entendimento global", disse.
Sublinhou que a isenção de vistos de turismo para 98 países do mundo, visando facilitar o acesso de turistas estrangeiros e promover o turismo internacional no país, como uma das medidas implementadas pelo Executivo angolano.
Acrescentou que a recente inauguração do novo Aeroporto Internacional de Luanda Dr. António Agostinho Neto é um ganho referente ao fortalecimento das infra-estruturas turísticas de Angola, garantindo mais dignidade aos visitantes.
Para o ministro, a cooperação institucional “é essencial” para a implementação do Plano Nacional de Fomento ao Turismo (2023-2027), aprovado recentemente pelo Executivo, um projecto que estabelece diretrizes e metas para a estruturação, revitalização e dinamização do sector nos próximos anos.
Destacou que a inserção do novo ministério do turismo na equipa económica do Governo contribui para corrigir o equívoco de considerar o turismo como um sector social, pois é momento de entender que o mesmo é um sector económico e deve-se tratá-lo como tal.
Márcio Daniel frisou estar-se a trabalhar para remover as barreiras burocráticas que impeçam os operadores turísticos de obter lucro económico, porque quando o agente económico alcança o sucesso na sua actividade ganha a economia em geral, com o aumento da qualidade da oferta turística do país, de emprego e da arrecadação de receitas fiscais para o Estado.
Por sua vez, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, ressaltou que ao investir no turismo não só se criam empregos e geram receitas, mas também preservam o património cultural ambiental, promovendo o orgulho nacional e o desenvolvimento comunitário.
"O turismo é uma das indústrias mais promissoras e dinâmicas do mundo e Angola possui um vasto potencial neste sector, pelo que na BITUR é responsabilidade de todos unir esforços para impulsionar o turismo, garantindo que se torne um pilar fundamental para a diversificação da economia", continuou.
Para o governante, a 7ª edição da BITUR que decorre sob o lema “O turismo como factor determinante para a diversificação da economia em Angola”, reflecte a necessidade de investir no sector como estratégia viável para a diversificação da economia, promovendo o crescimento sustentável e a estabilidade da economia à curto e médio prazo. EM/MS