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Turismo potencia actividade hoteleira no Cuanza Norte

     Turismo              
  • Cuanza Norte • Quarta, 08 Novembro de 2023 | 15h05
Vista parcial da Cidade de Ndalatando, província do Cuanza Norte
Vista parcial da Cidade de Ndalatando, província do Cuanza Norte
Lucas Leitão

Ndalatando - O fluxo de turistas que visita Cuanza Norte está a estimular, de forma gradual, os serviços de hotelaria e a contribuir para a promoção da empregabilidade na província.

Esta informação foi prestada esta quarta-feira à ANGOP, pelo  director do Gabinete da Cultura, Juventude e Desportos, Hotelaria e Turismo do Cuanza Norte, Rosa Carlos,  tendo explicado que, depois das limitações observadas entre 2020 e 2021, por conta da pandemia da Covid-19, que reduziu a movimentação de pessoas, cidades do Cuanza Norte, como Ndalatando e Dondo, têm sido nos últimos meses o destino de muitos turistas.

Em 2022, a província recebeu 111 mil 589 turistas no Dondo, município de Cambambe e 23 mil, 748, em Ndalatando, sede provincial, de acordo com dados do sector.

Entre estes, destaque para empresários e grupos de famílias, entre nacionais e estrangeiros, que aproveitam os finais de semana para passeios em grupo.

Segundo Rosa Carlos,   além dessas duas cidades, há também algum movimento tímido de turistas nos municípios de Ambaca, Golungo Alto e Samba Caju, maioritariamente empresários do sector de agro-negócios.

Sublinhou que em Cambambe, principal pólo de atracção turística, os visitantes, além de conhecer a cultura e a gastronomia local, mostram interesse em perceber melhor o papel da região no tráfico negreiro, através do corredor do Kwanza e as ruínas de Massangano.     

O Cuanza Norte tem sido também uma das rotas usadas pelos turistas, por ser uma placa giratória, que liga Luanda ao Norte, Leste e Sul do país, onde os visitantes fazem escala e manifestam interesse em conhecer a província.

 

  Rede hoteleira

Para satisfazer a demanda de visitantes, a província dispõe de 23 unidades hoteleiras, entre hotéis, hospedarias, pensões, que perfazem um total de 241 quartos e 40 restaurantes e similares, que empregam 855 trabalhadores.

Dispõe também de 80 locais de atracção turística, servido por três guias.

Preços afastam  turistas

Os preços praticados pelas unidades hoteleiras, apontou director do Gabinete da Cultura, Juventude e Desportos, Hotelaria e Turismo do Cuanza Norte, Rosa Carlos, constituem um entrave ao sonho da massificação do turismo na província, se comparado com outras realidades do país mais afastadas de Luanda.

Os preços praticados por essas unidades variam entre 26 mil e 120 mil kwanzas por noite, incluindo o pequeno-almoço, para hotéis, e entre nove e 15 mil kwanzas à noite, no caso de pensões.

Quanto aos pratos,  em hotéis, os preços variam entre oito mil e 12 mil kwanzas o bufete.

A refeição em restaurantes e similares é mais barata, variando entre três mil e seis mil kwanzas.   

Devido aos preços, essas unidades acabam por servir refeições aos hóspedes de hotéis que querem fazer alguma poupança.

Alguns hóspedes abordados pela ANGOP, afirmaram que o valor estipulado pelas unidades hoteleiras transcende à compreensão dos clientes, que questionam os critérios de atribuição dos preços.

José Francisco, que esteve hospedado no Hotel Terminus, afirmou que há um certo exagero por parte de muitos hotéis, quanto aos preços que praticam.

"Quem pagava a minha estadia aqui é a empresa onde trabalho, porque com os meus próprios meios seria impensável”, lamentou.

Já Albertina Muhongo, outra hóspede do mesmo hotel, defendeu a intervenção do Estado na criação de políticas capazes de alterar a situação, para salvaguarda do turismo interno.

“Com esses preços, a massificação do turismo interno fica comprometido”, frisou.

Frequentar hotéis, argumentou, está longe de ser uma rotina para os cidadãos, ainda mais nestes tempos, em que há aumento dos preços.

Hoteleiros justificam preços de serviços

Os agentes do sector justificam os preçários com aumento geral dos preços dos produtos e serviços em todos os segmentos de actividades.

Manuel Paulo, gestor do restaurante Oasis, salientou que para se manter em actividade é preciso acompanhar a dinâmica da subida dos preços dos produtos no mercado, sob pena de falir o negócio.

Já o gestor da Pensão Muebeje, Paulo António de Oliveira, apontou a fraca oferta de serviços hoteleiros para atender a demanda de visitantes como outro dos factores que contribui para a tendência do aumento de preços desses serviços na região.

Além de 20 pensões, a província detinha, até 2018, cinco hotéis, dos quais dois encerraram, criando pressão aos poucos que existem.

O mesmo aponta o surgimento de mais unidades hoteleiras como solução para equilibrar a oferta e a procura.

João Paulo, funcionário do Hotel Miradouro, reconhece que os preços praticados nas unidades locais são altos, se comparado com os de outras províncias mais para o interior do país.

Porém, sublinha que pouco ou nada podem fazer para inverter esta tendência porque, tal como os seus clientes, essas unidades sofrem os efeitos da inflação. DS/IMA/AC

 

 





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