Menongue - O corredor da região angolana de Okavango, por parte do Cuando Cubango, carece de novas embarcações, através dos rios Cuito e Cubango, navegáveis, para garantir maior mobilidade e segurança, no fomento de intercâmbio comercial entre os países vizinhos.
Actualmente, a Capitania do Cuando Cubango conta apenas com três embarcações, uma no município do Rivungo, com a capacidade de transportar 30 pessoas, igual número existente no Cuangar, e uma outra no município de Dirico, com 18 lugares, insuficientes para atender a demanda.
A preocupação foi manifestada hoje, segunda-feira, pelo delegado fluvial da Capitania do Cuando Cubango, Manuel Sebastião Alberto, realçando que, com mais embarcações, haveria alternativas na transportação de pessoas e bens, visto que algumas estradas não facilitam a circulação.
Ao falar à imprensa, o delegado referiu que grande parte dos meios de navegação fluvial está avariado.
Por isso, solicitou novas embarcações, o que daria oportunidades de negócios e mostrar aos investidores que se pode fazer muito dinheiro com o turismo.
Segundo o delegado, a aposta no sector do turismo, uma vez que o Cuando Cubango faz fronteira fluvial de mais de 300 quilómetros com a Zâmbia e a Namíbia, poderá se dar espaço ao surgimento de empresas capazes de desenvolver a venda de serviços, estimular a prática de passeios ou cruzeiros fluviais.
Defendeu, por outro lado, a construção de postos fronteiriços devidamente apetrechados na sede municipal do Dirico, no Mucusso, e no Bico de Angola, localidades fronteiriças com a República da Namíbia, e que constituem o corredor onde circulam muitos turistas estrangeiros.
Na ocasião, informou que, durante o ano de 2023, foram transportadas, para a Namíbia e vice-versa, mais de cinco mil pessoas, entre doentes, idosos, grávidas e comerciantes. LMZ/ALK/FF/PLB