Jamba – A circulação do comboio do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) no ramal entre a estação do Entroncamento (comuna do Dongo) e a vila sede município da Jamba, retoma já neste Abril, após dois anos de paralisação devido à Covid-19.
O caminho CFM tem um traçado de 905 quilómetros entre o Namibe e o Cuando Cubango, passando pela Huíla através dos municípios do Lubango, Quipungo, Matala, Jamba (neste através da comuna do Dongo) e Cuvango.
As obras de reabilitação das infra-estruturas dessa empresa pública, em 2006, permitiram pela primeira vez a construção de um ramal que liga a estação do Entroncamento à vila da Jamba e que segue até à comuna de Tchamutete, com 96 quilómetros de extensão.
Entre as três comunas do município ligadas pelo caminho-de-ferro e que fazem a conexão com o Lubango e Menongue, a preocupação dos populares, que têm no comboio o seu principal meio de transporte de mercadorias, é visível.
A paralisação tinha sido forçada pelas medidas restritivas da covid-19, mas a retoma atrasou devido a revisão de alguns aspectos técnicos na linha, segundo o responsável da empresa na Jamba, Joaquim Ovídio.
“Neste momento já temos a nossa equipa de limpeza e manutenção a trabalhar já na via e até dia 15 de Abril teremos o comboio a circular aqui na Jamba", precisou.
O responsável esclarece que numa primeira fase serão feitas duas frequências semanais, transportando carga e passageiros da Jamba ao Lubango, vice-versa.
Já o administrador municipal da Jamba, Abel Wandy André, que avaliou os trabalhos, considerou que o comboio é um meio de transporte abrangente, daí que não tem dúvidas de que irá facilitar a vida das pessoas que pressionam.
Segundo ele, já faz tempo que solicitou ao CFM para o retorno desse meio à zona e a resposta foi positiva.
O CFM tem actualmente quatro frequências semanais no trajecto Lubango/Menongue (vice-versa) e um comboio de carga Lubango/Namibe por dia, que transporta perto de duas mil toneladas de ferro, granito, combustível e madeira.