Lubango – A circulação do comboio entre os municípios do Lubango e da Matala, na província da Huíla, está mais uma vez interrompida, após estragos feitos por enxurradas entre as localidades da Chanja e Olivença, a cerca de 60 quilómetros da capital huilana, soube a ANGOP.
Trata-se da segunda interrupção em menos de dois meses, pois a última foi a cinco de Dezembro de 2023, quando 150 metros de balastro que sustentam as travessas e a linha do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) foram arrastados, na localidade de Bember, município da Matala (Huíla), tendo os trabalhos de reposição durado quase um dia.
Em comunicado de imprensa chegado à ANGOP, o Conselho de Administração da Empresa do Caminho de Ferro de Moçâmedes explica que as infra-estruturas ferroviárias foram afectadas, tendo as últimas enxurradas destruído a passagem hidráulica no último sábado, por volta das 18h entre as localidades da Chanja e de Olivença.
As equipas técnicas da empresa, lê-se na nota, estão no local para a reposição da normalidade, admitindo ser uma situação que condiciona a circulação dos comboios nesse troço, interrompendo a circulação no troço Lubango/Matala, por um período não inferior a 15 dias, devido aos danos causados na plataforma.
Todavia, a empresa com sede no Lubango, informa que enquanto decorrem os trabalhos e para manter a ligação ferroviária entre a Huíla e Cuando Cubango, vai realizar comboios de passageiros entre as cidades da Matala e Menongue a partir desta terça-feira, estando os comboios de mercadorias temporariamente cancelados.
As viagens de passageiros obedecem a programação vigente, ou seja, à segunda, quarta e sexta-feira no sentido Matala/Menongue e à terça, quinta-feira e sábado, no sentido inverso.
Na sua grelha semanal, a empresa disponibiliza dois comboios de carga por dia do Lubango, onde tem a sede, para o Namibe, assim como seis frequências de composições de passageiros, num traçado total de 806 quilómetros que passam por 56 estações das províncias do Namibe, Huíla e Cuando Cubango. MS