Lubango – A circulação ferroviária entre as províncias da Huíla e do Namibe, interrompida, na última quinta-feira, após o descarrilamento de um comboio de carga, pode retomar, somente, na quarta-feira, pois as chuvas constantes atrasam os trabalhos de reposição da plataforma.
A previsão é que o comboio voltasse a circular no trajecto esta segunda-feira (24), mas a consecutivas quedas pluviais na área, desde sábado, atrasaram os trabalhos, disse hoje, à ANGOP, no Lubango, o director de infra-estruturas ferroviárias daquela empresa pública, com sede na Huíla, Octávio Kassanga.
Nos trabalhos de reposição estão envolvidos 60 técnicos do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) E.P. desde sexta-feira (21), que concluíram a remoção dos destroços e começaram a repor a plataforma, sob a qual assentam os carris e travessas nos quase 200 metros danificados com o acidente, disse a fonte.
Afirmou que o trabalho está executado a 90 por cento e caso as condições climatéricas abrandem, até quarta-feira, o comboio de carga voltará a apitar naquele trajecto de 502 quilómetros (Huíla/Namibe).
Octávio Kassanga disser ainda prematuro quantificar os danos materiais, porquanto há uma comissão de inquérito nomeada pelo conselho de administração a colher dados ligados ao material circulante e de linha danificado.
O acidente deu-se na localidade de Quimpamba, município da Bibala (Namibe) e não houve vítimas humanas, mas danos materiais consideráveis, em que esteve envolvida uma composição de 20 vagões carregados de combustível e bens alimentares idos do Porto do Namibe.
Entre o Lubango e Moçâmedes há uma frequência diária de dois comboios, um ascendente e outra descendente, transportando carga, sobretudo combustível, rochas ornamentais, madeira e bens saídos do Porto do Namibe.