Mbanza Kongo – Os habitantes da sede comunal do Kibala Norte, a 167 quilómetros da vila piscatória do Nzeto, província do Zaire, estão a percorrer cerca de cinco quilómetros a pé em busca de água para o consumo.
A situação, que já dura há mais de três meses, é provocada pela seca de riachos e cacimbas que circundam a localidade devido a falta de chuvas.
Em declarações à imprensa, Madalena Francisco, moradora de 32 anos, lançou o grito de socorro às autoridades competentes, no sentido de se encontrar uma solução urgente, que, na sua opinião, passa pela perfuração de furos artesianos.
Segundo a moradora, estão a retirar água imprópria em riachos intermitentes, facto que está também a provocar o surgimento de doenças de foro intestinal.
João Baptista de Almeida, também morador, informou que das 12 aldeia apenas quatro resistem a carência de água, por estarem localizadas em zonas ribeirinhas.
Por sua vez, o responsável para a área técnica da Administração Municipal do Nzeto, Luís Cláudio Belo, reconheceu as dificuldades, afirmando que as autoridades estão a trabalhar para inverter o quadro nos próximos tempos.
Sem entrar em detalhes, a fonte avançou que a construção de furos artesianos pode vir a ser uma das soluções para se acabar com a carência de água em Kibala Norte.
Contactado pela imprensa, o administrador municipal do Nzeto, Augusto Tiago, informou que no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PII), a comuna do Kibala Norte vai, nos próximos meses, beneficiar de um sistema de água, através de furo artesiano.
Sabe-se, entretanto, que o único sistema de abastecimento de água por gravidade, construído na sede comunal da Kibala Norte, em 2018, está com dificuldade de bombear a água, devido ao baixo caudal do rio onde está instalada a captação.
A comuna do Kibala norte tem uma população estimada em dois mil e 714 habitantes.