Mbanza Kongo – A Polícia de Guarda Fronteiras de Angola (PGFA), no município do Nóqui, província do Zaire, deteve na terça-feira 20 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) que se dedicavam ao cultivo de Cannabis (liamba) no território nacional.
De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional do Zaire, inspector-chefe Luís Bernardo, os congoleses democráticos da vizinha cidade de Matadi foram detidos em seis plantações desta estupefaciente, fruto de uma denúncia de nacionais.
O responsável explicou que outros integrantes do grupo puseram-se em fuga, tão logo se aperceberam da aproximação dos efectivos policiais, que na sequência arrancaram e incendiaram as plantas, com a ajuda dos implicados.
De acordo com o porta-voz, os congoleses democráticos foram já deportados para o seu país, enquanto a polícia trabalha na sensibilização dos cidadãos nacionais residentes na zona fronteiriça para continuarem a denunciar todos os crimes transfronteiriços.
Segundo o responsável, que falava à Angop, estas práticas são recorrentes ao longo da fronteira desta província com a RDC, incluindo a caça furtiva e o abate indiscriminado de árvores para o fabrico do carvão vegetal.
A vasta extensão da fronteira entre o Zaire e a RDC e a exiguidade de meios operativos e humanos impossibilita um eficaz controlo desta linha fronteiriça, justificou Luís Bernardo, que também é o porta-voz da Delegação do Ministério do Interior no Zaire.
Luís Bernardo recordou que, acto idêntico ocorreu no princípio de Janeiro deste ano no Cuimba, outro município fronteiriço com a RDC, e culminou com a destruição de mil e 59 pés de liamba.
De Janeiro a Dezembro de 2020, segundo a fonte, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) na região desactivou e destruiu cinco grandes áreas de plantação deste produto nos municípios do Nzeto, Tomboco e Cuimba, envolvendo cidadãos nacionais.
O Zaire partilha uma fronteira de 310 quilómetros com a RDC, através dos municípios de Mbanza Kongo, Cuimba e Nóqui e Soyo.