Cuito – A vice-governadora para o Sector Político, Económico e Social da província do Bié, Alcida de Jesus Camatele Sandumbo, apelou hoje, quarta-feira, às famílias da região para um maior engajamento na produção agrícola, com vista a combater a fome e a pobreza nas comunidades.
A vice-governadora falava na XXV sessão do Conselho Provincial da Família, realizada na cidade do Cuito, capital do Bié, sob o lema: “Investir nas famílias para o alcance dos objectivos de desenvolvimento sustentável”.
No acto, em que estiveram famílias vindas dos nove municípios da província, Alcida de Jesus Camatele Sandumbo defendeu o engajamento na produção agrícola familiar, aproveitando as potencialidades existentes na região, por possuir solos aráveis e rios com grandes caudais.
Por conta disso, aconselhou as mesmas a aproveitarem, ao máximo, os programas agrícolas colocados à disposição dos agricultores pelo Governo, como é o caso do Plano Grão, Plana Pecuária, Plana Pesca e outros, para que se logrem êxitos e bonanças de produção para o futuro.
Referiu que o desenvolvimento sustentável exige necessariamente que se equilibre a produção e a preservação ambiental, fazendo com que se erradique a fome e a pobreza e se salvaguarde o ambiente como garante de vida das próximas gerações.
Ainda na sua intervenção, Alcinda de Jesus Camatele Sandumbo definiu a família como sendo a célula vital da sociedade, núcleo fortificador da vida e, por excelência, a instituição inicial da pessoa humana, que actua como rede primária de imersão da criança no conjunto de princípios culturais, religiosos, éticos, morais, cívicos e patrióticos.
Nesta ordem de pensamento, apelou aos seus integrantes a fazer dela um lugar seguro para se estar e viver, livrando-se da ociosidade e usar toda a força física e mental para o trabalho árduo gerador de sustento, assim como no combate aos males sociais, como o suicídio, a prostituição, a criminalidade e os actos de violências de menores, envolvendo familiares próximos.
“As famílias são o espelho da sociedade, pelo que devem estar sempre coesas, unidas e bem estruturadas, evitando conflitos por meio do diálogo e da compreensão mútua, para garantir os fundamentos funcionais da sociedade, visando a ordem e o progresso social”, sublinhou a vice-governadora, para quem, se as famílias permanecerem desestruturadas o futuro da sociedade fica em perigo.
Solicitou, igualmente, às outras instituições, como escolas, igrejas, autoridades tradicionais e instituições públicas, a prestarem o apoio necessário para a regulação do funcionamento e a salvaguarda da estrutura das famílias.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade no Género, Marcelina Nachiuca Capenda, fez saber que o conselho visou, entre outros objectivos, reflectir em torno do desenvolvimento sustentável e equilibrado e promover o resgate dos valores morais, éticos e cívicos, culturais e patrióticos.
O Conselho Provincial da Família, que juntou membros do governo, magistrados judiciais e do ministério público, partidos políticos, membros da sociedade civil e famílias, abordou, em dois painéis, temas como “Aproveitamento do dividendo demográfico para o desenvolvimento sustentável”, A Conscientização familiar sobre o espaço produtivo com foco nos benefícios para a saúde”.
Constaram igualmente da agenda temas como “O fomento da paridade de género no acesso e conclusão da educação”, “Casamento, união de facto e herança à luz do direito da família” e “O impacto da implementação das políticas públicas no desenvolvimento do território”.
No final foram eleitos os delegados à XXV sessão do Conselho Nacional da Família. VKY/PLB