Lubango – Na última segunda-feira, 23, completou-se um mês do acidente que matou 12 pessoas na EN-280, na localidade de Mateta, arredores do Lubango, província da Huíla, mas ainda estão dez cadáveres por se identificar e as famílias angustiam-se com à espera.
A inoperância do Laboratório de Medicina Legal da Huíla para testes de ADN, desde Fevereiro deste ano, levou a que as amostras biológicas colhidas em familiares e nos cadáveres fossem encaminhadas a um laboratório de Luanda, no dia 29 daquele mês.
Trinta e dois dias depois do desastre, apenas dois corpos foram identificados e sepultados, por terem sido projectados da viatura, quando se deu a colisão, por isso não foram afectados pelas chamas que se deflagraram a seguir.
Fruto desse impasse, houve uma mobilização e apoio do Ministério do Interior para o processo de colheita das amostras e envio a um laboratório de criminalística de Luanda, que está a trabalhar na identificação dos perfis genéticos.
Na altura, o responsável do Departamento de Medicina Legal na Huíla, o médico-legista, António Francisco Pascoal, prometeu que os resultados estariam prontos em 15 dias.
Uma fonte familiar, de duas das vítimas do acidente, disse ser uma situação “angustiante” e lamentou a falta de informação por parte das autoridades, preocupação agravada com os custos para manter os óbitos, dado que só podem ser encerrados após os funerais.
Sobre a questão, a ANGOP contactou o gabinete de comunicação do SIC, cujo porta-voz, Segunda Quitumba, afirmou que está a ser preparada, para os próximos dias, uma conferência de imprensa sobre o assunto.
Da colisão, nove pessoas morreram no local e três no Hospital Central do Lubango, até ao momento, totalizando já 12 vítimas mortais.
O acidente envolveu uma viatura ao serviço de táxi, e um camião de mercadoria, na localidade de Mateta, no troço Toco/Quilómetro 40, Estrada Nacional 280. MS