Luanda - O trabalho de limpeza e desassoreamento das valas de drenagem, realizado pela Unidade Técnica de Gestão de Saneamento de Luanda (UTGSL), afecta ao Governo provincial, evitou que as consequências das últimas chuvas fossem maiores.
O serviço de desassoreamento foi constatado pela ANGOP nas valas dos bairros da Kinanga e Samba (Luanda) e rio Cambanba (Talatona) , Cariango, e Senado da Câmara, principais vias de escoamento de águas residuais e fluviais a partir da parte alta da cidade, assim como a do Zango, em Viana.
Em ronda efectuada hoje, quarta-feira, para verificar a condição das valas de drenagem , a ANGOP constatou que foi feita a recolha dos resíduos sólidos e a manutenção do leito da vala ou da linha da água para que haja um escoamento natural até ao ponto receptor.
A vala da Senado da Câmara, a partir da cidadela desportiva (Rangel) encontra-se limpa, mas com algum lixo, depositado pelos vendedores do mercado informal da Calemba e Cassequel (Maianga) e do bairro Havemos de voltar, no município do Kilamba Kiaxi.
Os canais de drenagem do Cazenga/Cariango e da rua Olímpio Macueria, no distrito do Neves Bendinha, foram igualmente limpas pelos técnicos do GPL, permitindo o fácil escoamento das aguas pluviais.
No entanto, a vala que corta a rua Comandante Pedro de Castro Van Dunem “loy”, que sai do Golfe 2 para o Golfe 1, apesar do trabalho de limpeza do GPL, continua a servir de depósito para os resíduos de construção civil, lixo domiciliar e tronco de árvores.
Ainda no Kilamba Kiaxi foi possível verificar que a vala da subzona 18 que desagua nas zonas 14 e 15 continua suja com capim e lixo depositado pelos moradores.
No Calamba2, o canal que parte da Sapu, Kilamba Kiaxi, encontra-se limpa e foi perfilada, enquanto a mesma vala no município de Talatona tem a via obstruída por macrofitas aquáticas e lixo.
Em Agosto, o GPL informou que as valas de drenagem estavam a ser limpas, mas que havia a necessidade de se olhar para a questão do lixo.
A intenção é sensibilizar a população para deixar de atirar lixo às valas, através de palestras e encontros com os moradores, de forma a evitar a degradação precoce dos canais de escoamento.
Este ano, do levantamento feito pelo Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, constatou-se a existência de 41 lagoas entupidas que deviam ser esvaziadas para as linhas de água.
Foram apontados 40 quilómetros de canais obstruídos com lixo, 104 quilómetros de linhas de água impedidas com resíduos sólidos, que já foram limpas.
As chuvas que se abateram sobre Luanda no fim da tarde de quarta-feira ate a manhã de quinta-feira (2) e na última segunda-feira (6) causaram a morte de um adolescente de 14 anos por electrocussão, inundação de 65 residências e de três escolas, bem como o desabamento de 21 residências de construção precária em Cacuaco e Viana.