Ondjiva- A pandemia da Covid-19 está ser usada como desculpas pelos taxistas da província do Cunene, para se furtarem ao pagamento da licença anual de táxi/2021.
Dos 700 veículos particulares em serviço de transporte colectivos de passageiros, somente 16 actualizaram a sua licença anual, que os habilita ao exercício da actividade.
A situação persiste desde Março de 2020, quando foi declarado o Estado de Emergência.
Porém, no dia 31 de Dezembro de 2020 terminou a moratória para o uso dos documentos caducados, em função da pandemia.
Em declaração à ANGOP nesta quinta-feira, a directora dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana no Cunene, Geraldina Paredes, disse tratar-se de uma atitude de aproveitamento dos taxistas.
Para mudar o quadro, a responsável informou que a Unidade de Trânsito vai realizar, naquela província, uma operação destinada a obrigar os infractores a cumprirem com seu dever.
Geraldina Paredes explicou, ainda, que as licenças dos serviços de táxi são anuais e o valor arrecadado é encaminhado para a Conta Única do Tesouro do Estado. Os veículos ligeiros de passageiros pagam trinta mil e 800 Kwanzas e os ligeiros mistos doze mil e 200 Kwanzas.
Por sua vez, o porta-voz da Polícia Nacional no Cunene, intendente Nicolau Tuvecalela, disse que a polícia tem actuado, aplicando multas aos infractores.
Nos últimos sete dias, informou, foram apreendidas 11 viaturas por falta de licença para o exercício do serviço de táxi, para além de terem sido aplicadas 33 multas no valor de 400 mil Kwanzas.
Entretanto, o presidente da Associação Provincial dos Taxistas no Cunene (APTC), Miguel Dala, disse que já está em curso um trabalho de sensibilização com os associados, a fim de serem persuadidos a pagar a licença anual de táxi.