Lubango - O director-adjunto do Serviço Penitenciário da Huíla, superintendente-prisional José Luís, considerou hoje, quarta-feira, de “preocupante” a situação carcerária no estabelecimento prisional do Lubango, acolhendo mais do dobro de reclusos da sua capacidade.
A unidade com mais de cinquenta anos de existência foi concebida para 520 reclusos, hoje conta com mil 205, entre detidos e condenados em diferentes regimes de segurança, um número que José Luís, afirma estar além das capacidades da instituição.
Em declarações à ANGOP, o oficial fez saber que a actual situação vai conhecer melhoria, quando a penitenciária da Matala, estiver concluída, hoje com uma execução física da obra na ordem dos 75 por cento.
“Tem sido um desafio e gerir o estabelecimento do Lubango com as actuais cifras da população penal, por isso aguardamos que o empreiteiro termine a obra e nos faça a entrega para então conhecermos melhores dias em termos de acomodação dos reclusos”, aludiu.
Defendeu ainda a necessidade da implementação de um posto médico de suporte avançado para fazer a despistagem de mais doenças que afligem os reclusos, no estabelecimento prisional, pois actualmente a instituição conta com um posto médico que faz abordagem aos primeiros sintomas e outros casos de pequenas complexidades.
O actual, conforme a fonte, funciona diariamente com três médicos de clínica-geral e em casos em que a situação exija outro tipo de abordagem, os reclusos são transferidos para outras unidades de referência, uma condição que pode ser colmatada com a implementação de um Posto Médico de maior porte.
No capítulo da alimentação, assinalou que "a situação está controlada", pois são servidas diariamente três refeições reforçadas com cereais e hortícolas produzidas pelos reclusos nos quatros campos de cultivo do Serviço Penitenciária da Huíla, nos municípios do Lubango, Caluquembe e Matala. BP/MS