Huambo – O presidente do sindicato dos trabalhadores da educação, cultura, desporto e comunicação social na província do Huambo, Adriano dos Santos, destacou hoje, quarta-feira, a aposta da organização na melhoria dos cuidados primários de saúde dos filiados.
O sindicalista, que falava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, disse que os filiados têm recebido assistência médica/medicamentosa, no quadro do fundo de beneficência social, que conta com uma clínica, inaugurada há três anos.
Adriano dos Santos disse que ao longo deste ano a clínica assistiu 35 mil e 89 pacientes em diversas áreas, entre filiados e a população, em geral, com o objectivo de descongestionar as unidades sanitárias públicas.
Acrescentou que os utentes foram atendidos nas áreas de análises clínicas, internamento, imagiologia (ecografia), entre outros, numa altura em que aguarda pela abertura, em 2024, dos serviços de bloco operatório, raio X, banco de sangue e estomatologia.
Por outro lado, disse que o sindicato que dirige está alinhado aos desafios das centrais sindicais do país, onde consta a realização, pela primeira vez no país, de uma greve geral, caso o Executivo angolano não corresponda às exigências dos trabalhadores, até ao momento em negociação.
Referiu que o sindicato espera por um reajuste de 250 por cento, com vista a recuperação do poder de compra salarial perante a inflexão e a consequente desvalorização do Kwanzas e o desagravamento do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT) na ordem de 10 por cento.
Considerou a proposta do Executivo voltada ao possível aumento de 5 por cento do salário da função pública, incluído no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024, bem como o acréscimo de isenção do IRT aos funcionários com salários inferiores a 100 mil Kwanzas, como sendo uma medida que não trará qualquer ganho para os trabalhadores do Estado, uma vez que mais 90 por cento aufere acima deste salário.
Apelou aos líderes sindicais para maior aproximação aos filiados, realizando assembleias-gerais de trabalhadores em todos os centros de trabalho, conforme a Lei Sindical, para despertar o espírito reivindicativo e participativo, tendo em atenção o contexto político, económico e social do país. MLV/ALH