Menongue - Os trabalhadores filiados na União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS), no Cuando Cubango, exigem do governo um maior equilíbrio nos salários que auferem para responder aos preços do mercado.
Em declarações hoje, sexta-feira à Angop, no final da cerimónia alusiva aos 61º aniversário da fundação da UNTA (16 de Abril), os sindicalistas consideram que os salários que auferem actualmente não correspondem com as exigências do dia-a-dia, agravado pelo aumento substancial dos impostos e do preço actual da cesta básica.
Por exemplo, a nível do sector da agricultura, o salário mínimo é 21 mil e 454 kwanzas, nos transportes, serviços e indústria transformadora é 26 mil e 817, enquanto no comércio e indústria extractiva é de 32 mil e 181 kwanzas.
O sindicalista e professor João Baptista defendeu que um trabalhador na reforma deve ser equiparado a um antigo combatente, tendo em conta o que já fez, enquanto servidor público.
Exemplificou que um enfermeiro já salvou muitas vidas na sua carreira profissional, ao passo que enquanto professor já formou muitos cidadãos, incluindo governantes.
Carlos Manuel, também docente, lamentou o facto de o professor, quando é posto na reforma, não merecer uma casa condigna, transporte e cuidados médicos e ter um bom salário, para o sustento da sua família.
Para António Francisco, deve haver um esforço por parte da entidade empregadora no sentido de promover as categorias dos funcionários antes de chegarem à reforma, quer por tempo de trabalho, idade, quer por invalidez.
Por seu turno, o secretário-geral adjunto da UNTA na província do Cuando Cubango, Francisco Luvundo, lembrou que o objectivo dos sindicatos é garantir a defesa dos trabalhadores, por isso todo funcionário deve saber que tipo de sindicato defende os seus interesses.
A nível do Cuando Cubango são controladas mais de três associações, com destaque para o sindicato de trabalhadores da Educação, Cultura e da Saúde.