Menongue - O Serviço de Investigação Criminal apresentou, esta sexta-feira, na cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, quatro cidadãos nacionais, acusados de actos vandalização em cemitérios locais, com a remoção de crânios humanos.
Trata-se do grupo de supostos marginais, denominado “664”, que removeu, em Novembro último, mais de 200 cruzes em túmulos do cemitério Mupambala, cujos artigos foram deixados em residências de cidadãos e em alguns templos de igreja, nos arredores da cidade de Menongue.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal no Cuando Cubango, intendente Paulo Dias de Novais, disse que os acusados removeram, esta semana, crânios em túmulos do cemitério do bairro São José, arredores de Menongue.
Segundo o oficial, os implicados com idades compreendidas, entre 17 e 22 anos, justifica a prática do crime de profanação de cadáver, com fim de obtenção de riqueza, fama na carreira musical (estilo Rap) e bem-estar socioeconómico.
O responsável, lembrou tratar-se do segundo caso do género, que envolve jovens com presunção de ascender na carreira musical, principalmente os residentes nos bairros São José e Forte Menongue.
Por seu turno, o regedor interino do município de Menongue, Paulo António, disse tratar-se de um acto desumano e caso o crime fosse resolvido no fórum tradicional, teriam sido sacrificados mortalmente, para desencorajar práticas do género.