Lobito – As obras do mercado do Tchapanguele, na cidade do Lobito, província de Benguela, estão dentro dos prazos e decorrem os acabamentos da nave dois, uma das quatro que o recinto vai albergar, soube esta quinta-feira a ANGOP.
Esta informação foi avançada pelo director adjunto de obras, Célio Carlos, à margem da visita do governador Luis Nunes àquela infra-estrutura.
O técnico reagiu em função de rumores, segundo os quaisó a obra estaria paralisada devido a despedimentos de trabalhadores pela empreiteira ASGC.
“A obra iniciou em Abril do ano passado e o processo de recrutamento foi feito de acordo com certas actividades específicas”, explicou o técnico, acrescentando que "à medida que elas foram terminando, também dá-se por fim o contrato do trabalhador ligado a área”.
Sobre o estado actual do empreendimento, Célio Carlos afirmou que os trabalhos estão concentrados na nave 2, onde está-se a fazer o acabamento com estruturas metálicas, colocação das caixas de águas pluviais, bem como o acabamento do edifício administrativo.
Na estrada adjacente a obra, que liga a rotunda do Tchapanguele ao bairro do Liro, a equipa de trabalho está a dar continuidade à construção das caixas de águas pluviais e paralelamente decorre a reabilitação da própria via.
Questionado sobre o prazo de entrega, afirmou que sofreu algum reajuste por parte da equipa de projectos, estabelecendo como nova data entre final de Novembro e início de Dezembro.
Na primeira visita do governador Luis Nunes, o director de Obras, Manuel Gregório, informou que iriam ser construídas quatro naves que vão albergar mil e 400 bancadas para três mil e trezentos feirantes.
“Elas estão a ser adaptadas porque serão separadas por espécies de mercadorias, desde produtos alimentares, materiais de construção e outros”, afirmou o empreiteiro.
De acordo com o projecto, por si apresentado, além da área de vendas, o mercado contará também com outros serviços, como o administrativo, uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), uma área frigorífica para conservação dos produtos perecíveis, parque de estacionamento para veículos e vias de acesso para circulação de táxis e transportes públicos.
Sobre as obras em curso, explicou que foram feitas fundações com armadura de betão, de 12 e 18 metros, com um diâmetro de 60 centímetros.
O Tchapanguele é um dos mercados mais antigos da cidade do Lobito, construído na década de 60. A actual estrutura está a ser erguida num espaço paralelo à estrutura original, por ser maior e com mais segurança.
A anterior, já desactivada, situava-se ao lado do troço descendente da estrada nacional EN100, onde já se registaram vários acidentes de viação com danos materiais e humanos.
As obras do mercado do Tchapanguele estão enquadradas no projecto das infra-estruturas integradas das cidades do litoral da província, orçado em 415 milhões de euros.TC/CRB