Huambo – Pelo menos 66 mil habitantes da comuna da Calima, município do Huambo, enfrentam dificuldades alimentares em consequência da seca que danificou as culturas de milho, feijão e hortícolas, constatou a ANGOP.
Localizada na parte sul da cidade do Huambo, com uma extensão territorial de mil e 348 quilómetros quadrados, a população da Calima faz da agricultura a sua principal fonte de sustento, auxiliada com a criação de animais de pequeno porte.
A propósito, o administrador desta comuna, Manuel Tomás Jorge, disse que a população está a sobreviver da mandioca que, recentemente, provocou a morte de duas pessoas.
Disse trata-se de uma criança de cinco anos e um adulto, que alegadamente morreram depois do consumo da mandioca venenosa, isto nas aldeias de Apuli e Pedreira.
Além da mandioca, Manuel Tomás Jorge disse que a população optou, igualmente, pela venda de capim e recolha de tubérculos, alguns deles impróprios para o consumo humano.
Nesta conformidade, o responsável solicitou a intervenção urgente do Governo da província e de organizações filantrópicas para inverter o quadro, numa altura em que administração está a trabalhar na abertura de valas de irrigação, para facilitar o trabalho de quatro cooperativas agrícolas ali existentes, com um universo de dois mil filiados.
O administrador encorajou os camponeses da localidade no sentido de apostarem na produção de culturas resistentes à seca e, ao mesmo tempo, semearem nas zonas baixas próximas dos rios, para o reforço da segurança alimentar das famílias.
No total, para a época agrícola 2020/21, foram cultivados, na província do Huambo, mais de 700 mil hectares de terras aráveis, com um envolvimento de 256 mil famílias camponesas, distribuídas pelos 11 municípios, contra as 247 mil e 181 da época anterior.