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Resposta à seca da Cruz Vermelha apoia 1800 famílias na Huíla

     Sociedade              
  • Huíla • Segunda, 23 Janeiro de 2023 | 18h56
Aulas de campo de um  projecto da Cruz Vermelha na Huíla
Aulas de campo de um projecto da Cruz Vermelha na Huíla
Cedida

Lubango-Mil e 800 famílias vulneráveis, da comuna do Dinde, município de Quilengues (Huíla), iniciaram a beneficiar este mês, do projecto de Implementação da resposta à seca no sul do país, uma iniciativa da Cruz Vermelha.

O projecto que iniciou a ser implementado no princípio do mês em curso, com a formação de 30 voluntários para actuar na comunidade, está na fase de registos dos beneficiários, prevendo abranger três mil e 500 pessoas na comuna do Dinde

Para além de Quilengues, na Huíla, o projecto prevê ser extensivo para Humpata e Gambos, assim como para alguns municípios das províncias do Cunene e Nambibe, por serem as três províncias do país mais assoladas pela seca.

Trata-se de uma iniciativa em que já foram mobilizados para as três províncias mais de 10 milhões de dólares, do fundo da Federação Internacional da Cruz Vermelha para apoiar 50 mil famílias, totalizando 328 mil 883 pessoas.

Em declarações à ANGOP, o delegado provincial em exercício da Cruz Vermelha na Huíla, Felix Jungo referiu que a ideia é empoderar as famílias para que em próximas situações de seca ou desastres naturais estejam preparadas para resistir a tais fenómenos.  

Declarou que o projecto tem vários pilares, desde a distribuição de kits alimentares, o reforço dos meios de subsistência, desenvolvimento de acções de mobilização comunitária em saúde e nutrição.

Água, saneamento e higiene, para promover boas práticas de saúde, a distribuição de meios de vida para a agricultura familiar, animais e comércio, a educação sobre protecção, género e inclusão, fazem parte das acções do projecto.

Félix Jungo acrescentou ainda o engajamento comunitário e prestação de conta, bem como a transferências monetárias com mais de 20 mil kwanzas/mês para cada família vulnerável fazem parte da iniciativa para torná-las resilientes.

“O projecto nasce de um fundo de emergências para catástrofes naturais, feito na altura em que o Governo estava a apelar as ONG, em 2019, quando a seca apertou o sul do país e realizamos doações alimentares e distribuímos medicamentos para a água”, explicou.

O também coordenador do projecto na Huíla fez saber que a iniciativa, no Dinde, tem a duração de seis meses inicialmente, cuja selecção das famílias beneficiadas não é uniforme, depende do grau de vulnerabilidade que cada uma passa.

Reforçou ser um projecto que vem apoiar as famílias, trazer resiliência para as comunidades e para a sua implementação conta com parceiros como as administrações municipais, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, direcções municipais da Saúde, da Agricultura e da Acção Social.

Realçou que a Cruz Vermelha de Angola pretende durante o ano em curso arrecadar mais fundos de parceiros para dar continuidade ao projecto.





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