Talatona - Angola tem ainda um “trabalho árduo” por fazer no mercado nacional de seguros para se consciencializar as pessoas e as empresas sobre a importância dos seguros e os seus benefícios em caso de dificuldades, segundo especialistas.
Para Tiago Rodrigues, membro do Comité de Gestão Executivo da Generali Tranquilidade, as novas tecnologias são um dos caminhos para se chegar às pessoas, apesar de a digitalização não ser ainda a 100%, no país.
O especialista falava, esta terça-feira, à imprensa à margem da primeira edição do Fórum Insurtech Angola 2024, sob o lema “Do Tradicional ao Digital, Revolucionando o Sector de Seguros”.
Responsável pelas áreas de serviço ao cliente, Rodrigues citou estatísticas que apontam para 20% da população já com acesso ao digital, uma franja que considerou “muito relevante”, uma vez que, explicou, as novas tecnologias são “uma forma sem dúvida de responder a esses desafios e informar as pessoas sobre os serviços das seguradoras”.
Em relação à perda de parte dos clientes das seguradoras, reconheceu existir falhas nos processos das seguradoras e, até mesmo, ao nível do conhecimento dos clientes sobre o que o seguro cobre, ou seja, o “desequilíbrio de expectativas”.
Por sua vez, a consultora de Estratégia de Marketing, Miriam Costa, disse haver ainda uma oportunidade “enorme”, no país, para quem queira desenvolver o sector de seguros, para permitir que os seguros cheguem às pessoas.
Realçou que, apesar de a Internet não chegar a todas as zonas, o país é promissor e as seguradoras já funcionam bem na área da saúde.
A primeira edição do Fórum Insurtech Angola 2024 foi realizada em parceria com Associação de Seguradoras de Angola e a UNITEL Money, para abordar questões relacionadas com a transformação digital do mercado de seguros.
Insurtech vem da junção, em inglês, de Insurance (seguro) e technology (tecnologia).Giz/JCB