Ondjiva – O Governo angolano já disponibilizou 136 milhões de dólares para o financiamento do primeiro dos três projectos estruturantes de captação de água na província do Cunene.
Em entrevista à ANGOP, o director-geral do Instituto Nacional de Recurso Hídricos (INRH), Manuel Quintino, disse que o projecto poderá vir a ser concluído na data prevista, finais de Dezembro deste ano.
Existem três projectos estruturantes para o combate à seca no Cunene, nomeadamente a construção das Barragens do Cafu, Calucuve e do Ndué, e cada um deles está dividido em dois lotes.
Desde 1998, a seca afecta, ciclicamente, a região sul do país, principalmente a província do Cunene, mas em 2018/2019 este fenómeno foi mais devastador dos últimos 24 anos da história.
A acentuada crise de 2018 atingiu 880 mil e 172 pessoas e um milhão de cabeças de gado, causando a morte de 30 mil animais, entre bovinos, caprinos e suínos.
Na altura, o Executivo foi obrigado a agir de emergência com dois planos, um a curto prazo traduzido na alocução de 3,9 mil milhões de Kwanzas, para aquisição de bens diversos, entre eles camiões cisternas, para além de construção de mais de 174 furos de água.
A longo prazo, foram gizados três planos estruturantes, de iniciativa presidencial, virados para a construção de três barragens e centrais de tratamento de água, para levar o liquido as comunidades afectadas e, em definitivo, por fim ao pesadelo das populações.
A ANGOP publicará, nos próximos dias, uma entrevista integral do director-geral do Instituto Nacional de Recurso Hídricos (INRH), Manuel Quintino, um dos principais rostos ligados à execução desses projectos.