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Potencialização das famílias pode reduzir crianças na rua

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  • Huíla • Sexta, 25 Junho de 2021 | 16h08
Pormenor da cidade do Lubango
Pormenor da cidade do Lubango
Morais Silva

Lubango - A criação de programas agrícolas sustentáveis é uma das medidas que pode melhorar a renda das famílias rurais e travar o êxodo de crianças para a cidade do Lubango, que se assiste com preocupação.

O ponto de vista foi manifestado hoje, sexta-feira, pela administradora adjunto para área Política, Social e das Comunidades do Lubango,  Helga Chaves, quando falava no workshop sobre a protecção dos direitos da criança.

O fenómeno de crianças de e na rua da cidade do Lubango tem já alguns anos, mas no início deste a situação agravou-se com o êxodo rural da Chibia, Humpata e arredores do Lubango.

Essas crianças enchem as portas de supermercados, lojas, restaurantes, hotéis e outras deambulam pelas artérias da cidade do Lubango, pedindo esmolas, presumindo-se que sejam seguidas por adultos a quem prestam contas.

A situação fez com que a Administração Municipal do Lubango iniciasse em Janeiro, um processo de cadastramento das mesmas, em parceria com os municípios da Humpata e Chibia.

No evento, Helga Chaves afirmou que a política da administração passa pelo cadastrameto destas crianças e,  posteriormente, organizar o regresso delas às áreas origem.

Destacou que embora tenham instituições parceiras engajadas na distribuição de alimentos as mesmas, a situação só será resolvida com a criação de mecanismos de sobrevivência para manter as pessoas no seu local de origem, desde a abertura de furos de água, criação de escolas de campo para o fomento da agricultura, entre outras políticas.

Admitiu que sente-se alguma resistência das próprias crianças em regressar às origens, mas estão a tentar criar condições nas aldeias para evitar o retorno.

O workshop sobre a protecção dos direitos da criança, promovido pela Administração Municipal do Lubango, em alusão ao 16 de Junho, Dia Internacional da Criança Africana, apresentou temáticas como “Protecção da criança vítima de violência” e “Direitos da Criança em África”.

Até agora foram identificadas 180 crianças nas ruas da cidade do Lubango e encaminhadas aos seus municípios, estando em curso um processo de recolha de 50.

 





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