Dondo- Mais de 24 mil pessoas, da comuna de Massangano, município de Cambambe (Cuanza Norte), afectados pelas inundações dos rios Kwanza e Lucala, solicitam apoio em bens de primeira necessidade.
As cheias afectaram também as aldeias de Nova Oeiras, Quilómetro 34, Camongua, Boa Esperança, Calengue, Primeiro de Maio, Capungo, Cawala, Quixoto, Vindo e Ngola Kiluanji, nas margens do rio Lucala
Além das residências, o fenómeno causou ainda a destruição de campos agrícolas, principal meio de subsistência desta população.
Para fugir das inundações, muitos foram forçados a abrigar-se em pontos altos, no vizinho município da Quissama, província de Luanda, e outros estão alojados em casa de familiares.
As cheias ocorrem todos os anos entre os meses de Março e Abril, mas desta vez aconteceu mais cedo, em Novembro, devido a intensidade da chuva.
A situação agudizou-se após a abertura das comportas da barragem de Cambambe.
O administrador de Cambambe, Adão António Malungo, reiterou a indisponibilidade de meios para assistir as vítimas das enchentes.
Referiu que o pacote orçamental das administrações não contempla rubricas financeiras para um plano de contingência para situações do género, que já é do domínio dos órgãos superiores.
“Esperamos que a todo instante haja apoio, porque o Governo tem domínio dos acontecimentos”, frisou.
A comuna de Massangano com mil e 776 quilómetros quadrados é a maior do município de Cambambe.
Habitada por mais de 24 mil pessoas, possui 30 lagoas e é banhada por dois grandes rios, Kwanza e Lucala. MF/IMA