Lubango - Mais de 60 por cento do gado roubado e furtado na província da Huíla, este ano, foi recuperado pela Polícia Nacional, contra 54 por cento dos últimos quatro anos.
O resultados foram obtidos mediante aplicação de medidas partilhadas entre autoridades, criadores e compradores, para minimizar esses crimes.
De entre as estratégias que conduziram à essa melhoria, destaca-se a sensibilização do criador para marcar o gado e a exigência, por parte do comprador, de uma guia de transportação que certifica a aquisição do animal por vias lícitas.
Essas políticas estão em implementação nos municípios da Chibia e dos Gambos, numa primeira fase, por serm os mais visados nesse tipo de delitos.
No primeiro semestre do ano em curso, a Huíla registou 16 roubos de gado bovino (+9), afectando 52 cabeças, 28 delas recuperadas. No mesmo período foram igualmente alistados 154 furtos (+10), em que foram levadas 419 cabeças, 124 foram recuperadas.
Os números foram dados pelo comandante provincial da PN, comissário Divaldo Martins, afirmando que em função das medidas adoptadas houve um aumento de nove por cento da capacidade de recuperação do gado.
Para ele está agora mais difícil para os meliantes circularem com o animal roubado ou furtado.
Fez saber que outra parte não recuperada, tem a ver com animais já abatidos, mas ainda assim considera ser residual, realçando que a marcação do gado autóctone está a ajudar a diminuir os roubos e a sua transladação para outras localidades.
“Já ensaiamos mecanismos na Chibia em que a aquisição de gado exige uma certificação passada pela autoridade tradicional ou administrativa local, atestando a aquisição legal do animal e quando estiver a circular pelas estradas deve ser apresentada”, explicou.
Conforme o oficial, os municípios de Quilengues, Humpata e Chibia servem de postos de controlo da PN, porque as pessoas que praticam esses crimes acabam por usar caminhos secundários e terciários para circular com o gado e o desafio da corporação é cortar a capacidade nessas passagens.