Huambo – O segundo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe António Pedro Candela, defendeu hoje, terça-feira, no Huambo, a necessidade de haver maior rigor na fiscalização do ensino ministrado pelas escolas de condução no país.
O oficial comissário falava no acto de abertura do Curso Inicial de Examinadores e Inspectores das Escolas de Condução, decorrido na escola de Condução Auto e Blindados do Exército, localizada na comuna da Chipipa, a 22 quilómetros da cidade do Huambo.
O segundo comandante-geral da Polícia Nacional referiu que estas instituições devem reunir os requisitos imprescindíveis e determinados por Lei, com foco na preparação conveniente dos candidatos a condutores, para uma condução segura.
Pedro Candela apelou os especialistas no sentido de transmitirem bem os conhecimentos, para contribuírem na criação de comportamentos e atitudes adequadas, visando a melhoria da circulação automóvel e da segurança rodoviária.
Conforme o responsável, no domínio das inovações tecnológicas, é urgente que se implemente a realização dos exames multimédia em todas províncias do país, para melhoria da qualidade do ensino da condução auto e, consequentemente, a redução dos índices de sinistralidade rodoviária, tendo em conta que 95 por cento dos acidentes têm como interveniente o homem.
Disse que, com a implementação desta nova ferramenta, a Polícia Nacional poderá substituir o actual modelo de exames que são realizados de forma oral, com características muito subjectivas onde, infelizmente, ainda cabe ao examinador decidir quem transita.
Na mesma senda, defende que o órgão de tutela tenha consciência que a formação de um bom condutor carece de instruções fortes, dotadas de técnicas, equipamentos e meios necessários para a implementação, de forma rigorosa, do processo de ensino e o cumprimento escrupuloso dos imperativos da Lei.
Acrescentou que as tecnologias revolucionam os modelos e conferem a estes maior eficiência e eficácia no seu resultado final, visto que o quadro estatístico actual sobre os acidentes de viação revela alguma ineficiência no modelo até aqui utilizado sobre a examinação dos cidadãos candidatos à obtenção de cartas de condução.
Ao longo do primeiro semestre deste ano, foram registados, em todo país, cinco mil e 909 acidentes rodoviários, com mil e 238 mortos e seis mil e 150 feridos, uma média de 33 sinistros/dia.
Com término previsto para Outubro próximo, a acção formativa conta com a participação de 138 examinadores, instrutores e inspectores das Formas Armadas Angolanas e da Polícia Nacional.