Benguela – Dezasseis jornalistas foram capacitados, esta sexta-feira, sobre governação participativa, na província de Benguela, numa iniciativa do Projecto de Apoio à Sociedade Civil e Administração Local em Angola (PASCAL).
Orçado em cinco milhões e 800 mil euros, financiados pela Comissão Europeia, o PASCAL abrange as províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Luanda e Malanje, perfazendo 25 municípios.
O projecto consiste em três eixos, como o reforço da administração local, apoio à sociedade civil e a capacitação de órgãos sociais.
Durante o encontro, que decorreu na Mediateca de Benguela, os profissionais da comunicação social reflectiram sobre a cidadania, descentralização e governação participativa, tendo em vista uma maior aproximação entre governantes e governados.
Para o director do Projecto de Apoio à Sociedade Civil e Administração Local em Angola "Pascal", Pablo Lopez, esta iniciativa já começa a mostrar os primeiros resultados nas cinco províncias do país contempladas.
Pablo Lopez considera que os quadros da administração pública e local do Estado, nomeadamente os governos provinciais e administrações municipais estão mais reforçados e capacitados através do programa de fortalecimento institucional.
Destacou o orçamento participativo, gestão de projectos, identificação de projectos, entre outros, como sendo as temáticas em abordagem no âmbito do PASCAL.
“No início, o projecto estava lento, mas penso que já se começam a ver os primeiros frutos”, disse, salientando que, além dos jornalistas, o projecto almeja uma sociedade civil mais forte e capacitada para trabalhar conjuntamente com as administrações municipais.
Por seu turno, o director nacional para a Administração Local do Estado, Cassongo João da Cruz, referiu que a comunicação social joga um papel importante no processo da governação participativa.
O responsável admite que ainda existe debilidade de comunicação e, por isso, o encontro com os jornalistas para melhor informar às comunidades sobre os projectos do Executivo, como o Orçamento Participativo.
Sobre o PASCAL, reconhece que tem feito um trabalho árduo e positivo, na perspectiva de incentivar a participação da cidadania e o Ministério da Administração do Território faz parte deste processo.
Visto ser orientação do Executivo “trabalhar mais e comunicar melhor”, Cassongo João da Cruz apela os administradores municipais a uma maior abertura, de maneira que a população acompanhe as tarefas na sua localidade.
A ser implementado até 2025, o PASCAL visa promover o intercâmbio de conhecimentos, competências e boas práticas entre a União Europeia, Angola e outros países africanos e latino-americanos para apoiar o reforço institucional do país e criar mecanismos para a participação inclusiva e efectiva da cidadania. JH/CRB