Huambo - A paralisação das obras de reabilitação do troço rodoviário que liga os bairros do Macolocolo e Honga, periferia da cidade do Huambo, agudizou as dificuldades de circulação na saída e entrada da estrada nacional (EN) 120.
A empreitada começou em Maio de 2019, como alternativa à estrada nacional 120, no Bairro do Benfica, no sentido de tornar mais célere a circulação automóvel, sobretudo, com o actual crescimento demográfico.
Um mês depois, as obras, que estavam a ser executadas no âmbito do Programa de Investimentos Públicos (PIP), paralisaram devido a falta de recursos financeiros, segundo apurou a ANGOP.
A paralização deveu-se a uma orientação do Ministério das Finanças, em Março do ano passado, através da Circular nº 03, suspendendo a execução de todos os projectos, ao nível do país, que estavam inscritos no PIP.
Até à data, o troço registou apenas a conclusão da primeira fase, que consistiu na realização dos trabalhos de limpeza e de terraplanagem, colocação do leito e da sub-base, bem como a asfaltagem de meio quilómetro, dos seis previstos.
Paralelamente a estes trabalhos, foi concluída a construção da ponte de betão sobre o rio Tchicussuke, que separa os dois bairros, com uma dimensão de 13 metros de comprimento e nove de largura.
A não conclusão da via agudiza as dificuldades de circulação no bairro do Benfica, devido ao elevado número de veículos que entram e saem da cidade do Huambo, passando pela EN 120.
A propósito, o automobilista Diniz Ukuessunga, visivelmente agastado com o congestionamento de trânsito, sobretudo em horas de ponta, sugeriu que a solução passa pela criação de uma via alternativa, que sirva de "escapatória".
Joaquim Manuel, morador da zona, disse que a população dos bairros de Macolocolo e Honga vêm "adiado o sonho de ter uma outra via alternativa", com vista a melhoria das condições de circulação de pessoas e bens.
Por isso, solicitou ao Governo da província a retoma e conclusão da empreitada, o mais breve possível, para que esteja a disposição da população.
Em resposta, o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Governo do Huambo, Bernardo Domingos Elavoco, fez saber que esforços estão a ser envidados para que junto das instituições centrais se encontre a solução possível, para a reinicio das obras.
Na condição desta infra-estrutura, que devia ser concluída em três meses, num investimento de 477 milhões, 224 mil 642 Kwanzas, estão outros 79 projectos, com destaque para o Centro Cultural do Huambo e a estrada que dá acesso ao bairro da Juventude, igualmente suspensas no quadro da referida circular do Ministério das Finanças.
Composta por 11 municípios, a província do Huambo possui uma extensão territorial de 35 mil 771 quilómetros quadrados, ocupados por dois milhões, 519 mil 309 habitantes.