Ondjiva – A primeira secretária da OMA na província do Cunene, Lúcia Yoleni Sincopela, manifestou-se, hoje, preocupada, com o envolvimento de crianças em idade escolar na venda ambulante pelas ruas da cidade de Ondjiva.
O último levantamento feito pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) no Cunene indicava um número de mais de 200 crianças que praticam esta actividade, com realce nas ruas da cidade de Ondjiva, capital da província do Cunene.
Para inverter o quadro, a OMA no Cunene, promoveu, no fim-de-semana, uma campanha de sensibilização sobre o Combate a Exploração Laboral das Crianças, no mercado informal de Oshomukuio, que visou consciencializar as vendedoras a ajudarem no combate a este mal.
A campanha de sensibilização, inserida no programa alusivo ao mês da criança, surge para despertar os adultos que envolvem os menores em negócios, situação que deve ser corrigida para não comprometer o futuro.
Em declarações à Angop, Lucia Yoleni Sincopela disse que todos devem contribuir na luta contra a exploração infantil e outros tipos de violência contra à criança, para permitir o seu desenvolvimento multifacetado na sociedade.
Na ocasião, a OMA esclareceu ainda as vendedoras sobre a importância da implementação das medidas de prevenção contra à Covid-19, bem como distribuiu máscaras faciais.
Por seu turno, o chefe de Secção da Protecção à Criança do INAC do Cunene, Macuntima Samuel, repudiou a atitude de adultos que praticam agressões físicas contra menores no convívio familiar.
Em declarações à Angop, no âmbito do Dia Mundial de Combate à Agressão Contra Criança, Macuntima Samuel, disse que a agressão contra uma criança ao ponto de causar ferimentos físicos e psicológicos não é a melhor forma de transmitir educação, é um acto repudiante.
“Quando uma criança comete deve ser disciplinada de acordo com a idade, o mais importante é mostrar-lhe como deve corrigir o erro, por via do diálogo e demonstração de bons exemplos que ficam na sua memória”, afirmou.
O INAC no Cunene registou, de Janeiro a Maio deste ano, 18 casos de violência contra crianças.
Em 2020, foram notificados na província 18 casos de violência física, psicológica, sexual, abandono, fuga à paternal, negligências e tráfico de criança, menos 50 em relação ao ano anterior.