Luanda - A secretária-geral da OMA, Joana Tomás, denunciou, esta quinta-feira, em Luanda, a existência, nos últimos tempos, de conflitos nos casamentos entre angolanas e estrangeiros, cujo desfecho são a desfavor da mulher e filhos.
Segundo Joana Tomás, que falava na abertura da mesa redonda sob o lema: casamentos mistos e as diferenças culturais, a OMA tem dado atenção ao assunto, prestando advocacia junto das autoridades locais e dos seus parceiros estrangeiros, para implementação da legislação e dos tratados internacionais, de forma a eliminar as causas deste tipo de violência doméstica.
Entre as nacionalidades diferentes onde os cônjuges apresentam maior número de queixas relacionadas aos casos de separação das famílias envolvendo filhos menores, estão os do oeste africano, daí a preocupação da OMA, enquanto defensora dos direitos da mulher e da família.
"Reconhecemos que a convivência diária de um casal misto pode trazer à tona diferenças que antes passavam despercebidas, e é importante estarmos preparados para lidar com esses obstáculos de forma saudável e construtiva ", disse.
Joana Tomás acrescentou que, como contributo para elevar o conhecimento jurídico das mulheres e homens sobre o casamento misto e diferenças culturais, a organização tem realizado actividades do género.
Com objectivo de partilhar informações sobre o matrimónio e a união de facto à luz da constituição da República de Angola, o encontro contou com a presença de mulheres ligadas à política, deputadas à Assembleia Nacional, associação de mulheres com deficiência e da sociedade em geral. LIN/ART