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Malnutrição afecta 2,6 milhões de crianças em Angola

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  • Huíla • Terça, 03 Outubro de 2023 | 08h08
Rastreio de desnutrição na província do Cunene
Rastreio de desnutrição na província do Cunene
José Cachiva-ANGOP

Lubango - Pelo menos 2,6 milhões de crianças angolanas, cadastradas na base de dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), estão afectadas pela malnutrição aguda severa, o que corresponde a 43,6 por cento de prevalência em todo o país, soube a ANGOP.

As províncias de Luanda, Namibe, Cunene e Huíla são as que apresentam maior índice de crianças afectadas com a malnutrição, com 30 por cento dos casos registados em Angola.

A conclusão é resultado de um inquérito realizado em 2021 e 2022, que abrange crianças dos seis meses aos cinco anos de idade. O estudo recomenda uma intervenção rápida para inverter o quadro, segundo a especialista em nutrição do UNICEF, Ciara Hogan.

A técnica, que falava à imprensa à margem de um workshop sobre treinamento e nutrição em emergências, realizado esta segunda-feira, no Lubango, disse que os números apresentados são superiores em relação aos resultados do inquérito de 2015 e 2016, que se fixara em 31,8 por cento, o que na altura representava um milhão e 883 crianças afectadas.

Ciara Hogan apontou como causas do aumento da malnutrição o impacto da Covid-19, que resultou na diminuição da segurança alimentar  e a crise económica internacional.

Disse que o UNICEF e o Governo de Angola, através do Instituto Nacional de Estatística (INE),Segundo a especial desenvolvem um inquérito que será apresentado em finais de 2024.

Segundo a especialista, outros factores que concorrem para a prevalência da malnutrição severa são o limitado conhecimento e capacidade técnica para a implementação eficaz dos protocolos de gestão, a insuficiência de recursos humanos qualificados a operar nos programas de aconselhamento e tratamento nutricional e o fornecimento irregular de insumos nutricionais.

Entre outras razões, estão também a falta de produtos terapêuticos, de materiais e equipamentos para o devido tratamento nutricional, a baixa cobertura do programa de nutrição nas comunidades e a fraca despistagem nutricional.

“Tem havido igualmente fraca articulação com outros programas do Ministério da Saúde e uma inexistente coordenação com sectores sensíveis como a educação, a agricultura, água e saneamento, bem como do sistema de informação e vigilância nutricional deficiente”, disse.

Participam no evento 30 técnicos, dentre eles quadros da Direcção Nacional e Provincial da Saúde Pública e Controlo de Endemias, do Programa de Nutrição e parceiros do sector da Saúde das províncias de Luanda, Huambo, Namibe, Cunene e Huíla.

Durante três dias, os participantes vão analisar o programa de emergência a nível global, a visão geral do sistema humanitário internacional e responsabilização da acção humanitária, mapeamento das emergências, preparação de resposta de emergência, cuidados nutricionais para crianças desnutridas, acção essencial para a gestão da desnutrição aguda em emergências, entre outros temas.

O evento visa dotar os participantes de conhecimentos, competências e capacidade de nutrição em emergências, em linha com o compromisso central para as crianças na acção humanitária.

Fornecer uma actualização sobre os recursos, estratégias e inovações comprovadas, essenciais para acelerar a resposta de nutrição durante as emergências e fazer um balanço dsas acções e prioridades para melhorar a preparação, reposta e recuperação das emergências nos níveis nacional, provincial e municipal é outros propósito do encontro JT/MS

 





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