Moçâmedes - A vice-governadora para área Politica, Económica e Social, do Namibe, Anica de Sousa, disse, esta segunda-feira, que a erradicação do trabalho infantil deve contar com o envolvimento de toda a sociedade, para que as crianças possam crescer num ambiente saudável e harmonioso.
Falando numa mesa redonda sobre o assunto, a responsável referiu que só por meio de uma acção conjunta, envolvendo o governo e a sociedade civil, sobretudo as famílias, será possível acabar com este mal.
No seu entender, a sociedade não pode mais tolerar a perpetuação dessas acções prejudiciais às crianças, deixando muitas delas abandonadas.
“Ao enfrentarmos essas questões de maneira corajosa e decidida, estaremos a trilhar um caminho para um futuro melhor, onde todas as crianças sejam respeitadas , protegidas e tenham a oportunidade de alcançar o seu potencial máximo”, disse.
Reconheceu que esta realidade é muitas vezes alimentada por falta de recursos básicos, de acesso à educação de qualidade, desigualdade social e falta de oportunidade para as famílias.
“No entanto, não podemos permitir que esses factores sejam desculpas para mantermos a ciclo de trabalho infantil”, afirmou.
Por seu turno, o padre Abel Calanja, que abordou o tema “ reintegração social das crianças envolvidas no trabalho Infantil”, apontou a desestruturação familiar como estando, também, na base deste problema.
No seu entender, o álcool, as drogas e a prostituição tomaram das famílias, e como consequência, regista-se o abandono dos filhos, que acabam na rua.
Participaram no encontro membros do governo, da sociedade civil, deputados, autoridades tradicionais, crianças, pais e encarregados de educação. FA/ART