Ondjiva - Vinte e seis casos de suicídios foram registados nos meses de Janeiro a presente data, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), no Cunene, menos seis em relação ao período anterior.
Os suícidas usaram, preferencialmente, meios como cordas, panos, cintos e armas de fogo, informou, esta segunda-feira, o chefe de departamento de informação e análise do SIC Cunene, inspector Beloune Carlos.
Em declarações, à ANGOP, o porta-voz disse que os casos ocorreram mais na zona rural, nove no município do Cuanhama, oito em Ombadja, Cahama e Namacunde com quatro cada e um no Cuvelai.
Fez saber que o género mais afectado é o masculino, dos 12 a 84 anos de idade, com as causas a variarem entre desentendimentos na família, questões passionais, crença ao feiticismo e situação económica.
Beloune Carlos disse ser necessário que as autoridades tradicionais trabalhem mais na sensibilização da população, sobretudo na zona rural, onde ocorrem maior número de suicídios por enforcamentos.
Já o sociólogo Cristino Catambue disse que é preocupantes os suicídios, para se evitar estes casos, as pessoas devem fazer uma reflexão profunda para valorizarem mais a vida em relação a morte que ocorre nestas condições.
“Os problemas existem e devem ser resolvidos, não pegando numa corda para se tirar a vida, uma vez que foi dada por Deus para ser vivida”, afirmou.
Cristino Catambue apelou a um diálogo aberto nas famílias, envolvendo os pais e filhos, para em conjunto encontrarem a solução das suas preocupações.
O suicídio pode ser definido como um acto deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o suicídio ocorre ao longo de toda a vida e é a segunda principal causa de morte entre os jovens de 15-29 anos em todo o mundo. PEM/LHE/VIC