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Moradores insatisfeitos com construção de mercado no Kilamba

     Sociedade              
  • Luanda • Quinta, 06 Maio de 2021 | 14h05
Nova Lei visa resolver constrangimentos ligados a imóveis
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ANGOP

Luanda - Os moradores da Centralidade do Kilamba, município de Belas, manifestaram o seu desagrado pela construção de um mercado na circunscrição, por acharem que haverá aumento de delinquência, prostituição, falta de saneamento, estacionamento, privacidade, entre outros constrangimentos.

Contactados hoje, quinta-feira, pela ANGOP, os moradores foram peremptórios em afirmar que a Centralidade do Kilamba não necessita de um mercado, nem com um ou sete hectares, pois este espaço apenas vai aumentar a quantidade de lixo, venda ambulante e outros vícios próprios dos locais onde existem mercados.  

Luzia Faria, moradora do quarteirão R, que conhece bem a realidade de viver próximo de um mercado com grande volume de negócio, por ter vivido no  Nélito Soares, nas imediações do Mercado dos Congolenses, disse que a privacidade é evadida, os arredores e as ruas adjacentes aos mercados albergam vendedores ambulantes e são transformadas em casas de banho.

Carlos Borges questiona-se como será coabitar num espaço reservado a construção de moradias com um movimento tão grande, sugerindo a administração que procure um outro local para construir um mercado com a dimensão que pretende.

“Grandes superfícies comerciais do tipo informal, não devem estar em centros urbanos. Mercados informais como o Kikolo são pontos de escoamento de mercadorias provenientes e para todos os pontos do país, o que significa grandes fluxos de automóveis pesados, e tendo o Kilamba apenas dois acessos, estas estradas rapidamente irão deteriorar-se”, desabafa o morador.              

A moradora Conceição correia, do Bloco W, afirma que mercados informais atraem e propiciam o surgimento de prostituição e alambiques, e sendo o Kilamba uma zona urbanizada não faz sentido a construção de um mercado com dimensões fora do padrão dos habitantes da centralidade.

O sociólogo António Mateus diz que o volume de actividades que um mercado abarca desmorona a tranquilidade e o bem-estar dos moradores, por se tratar de um espaço comercial que vai integrar uma vasta gama de actividades que atravessam praticamente todos os sectores

Está-se a falar do sector retalhista, semi-grossista e grossista, transporte de passageiros e de mercadorias, a produção artesanal de bebidas alcoólicas e de bens alimentares confeccionados, a prestação serviços, dificuldade no estacionamento, de acesso as residências ou aos demais serviços, uma serie de transtorno que descaracterizam o aspecto arquitectónico criado para uma centralidade, afirmou.

António Mateus afirma que os serviços prestados em mercados como o do Kicolo, KM30, Katintom, Kwanzas, Asa Branca, devem ser criados fora das áreas residenciais, obedecendo certos requisitos, devido os constrangimentos causados, como roubos, prostituição, estacionamentos complicados e, acumulação de lixo.

Já Sebastião Vinte e Cinco, que fez o enquadramento jurídico da situação litigiosa entre a administração do Kilamba e a EGTI , diz estar-se perante  um caso de usurpação de terreno, envolvendo um ente público que pode ser responsabilizado, e a EGTI pode instaurar uma participação criminal junto da Serviço de Investigação Criminal (SIC).

De acordo com o Jurista , a construção do futuro mercado do Kilamba é um acto de desautorização de um ente público que não pretende respeitar os limites da sua actuação e as competências da outra, no caso a EGTI.

No dia 30 de Abril, a Empresa Gestora de Terrenos Infra-Estruturados (EGTI) teve que suspender a operação que previa demolir o futuro mercado da Centralidade do Kilamba  por falta de consenso entre a entidade gestora e o empreiteiro da obra.

 





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