Luanda - Vinte e sete famílias desalojadas devido o transbordo da bacia de retenção da águas pluviométricas no Zango 1 correm risco de contrair tuberculose, confirmou, esta quinta-feira, o posto médico que trata desta enfermidade na localidade.
De acordo com com uma ronda efectuada pela ANGOP no Distrito Urbano do Zango, constatou-se que muitos locais foram inundados e bacias de retenção tranabodaram devido às fortes chuvas que assolam a província de Luanda.
De acordo com a administradora do posto de saúde, Elizabeth Diogo, a unidade foi o único local onde estás famílias encontraram refúgio para se abrigarem das intempéries. Esta madrugada, estão alojadas 27 família, que fazem um total de 54 pessoas.
A responsável fez saber que já deu a conhecer a administração local e está a apoiar com alguns bens, enquanto o problema não seja resolvido.
Realçou que o mais é preocupante é a exiguidade do posto, por atender todo tipo de patologias.
No entanto, disse estar previsto, no futuro, que seja um centro para tuberculose e nesta altura é o único local apto para atender esta enfermidade no distrito e há pacientes em tratamentos ambulatório, o que põe em rico os sinistrados.
“Por se tratar de um conjunto de pessoas num espaço exíguo e com adultos, crianças e algumas gestantes, tudo se faz para que não ocorram óbitos", disse.
Para uma das sinistrada, Sandra de Almeida, a administração já ofereceu alguma ajuda mas o mais preocupante é que estão nesta situação há 18 anos, sempre que chove muito e a bacia de retenção transborda.
Como medida cautelar, de acordo com a moradora, lhes foi proposto que fossem para os quiosques, mas não aceitaram por se tratar de um local muito pequeno e pelo número de famílias ficariam mais apertados, assim como não ter algum local para a higiene íntima.
Para si, a situação se arrasta há muito tempo e sempre que o problema se repita fazem cadastro das famílias e até ao momento está sem solução, com o principal risco de que a canal que leva a água a bacia de retenção se transformou numa ravina que esta progredir até as residências, tendo já destruído uma habitação e causado longo deste tempo cerca de sete mortos.
No município de Viana, de forma geral, tem sido difícil circular tendo em conta as fortes chuvas, na Estrada Nacional 230, por exemplo, nas imediações do estabelecimento penitenciária da Comarca de Viana a via fica muito alaga, devido ao transbordo de um bacia de retenção no interior do bairro.
Cenário idêntico é verificado nas imediações na Paróquia de São Francisco de Assis, onde converge toda água do Polo Industrial de Viana.
Por outro lado, a administração municipal de Viana está a intervencionar a Avenida Fidel de Castro junto ao Resort Bantu com trabalhos paliativos para baixar o nível de água e facilitar o trânsito, assim como noutros pontos do município, estando nos próximos dias previsto um balanço geral das consequências das chuvas. DP/NGS/VIC
