Luanda - O amontoado de lixo depositado no separador da Rua do Mercado dos Kuanzas, distrito urbano do Hoji ya Henda, município do Cazenga, em Luanda, aumenta diariamente, dificultando a circulação de peões e automobilistas.
A ANGOP constatou que os resíduos são depositados no separador pelos vendedores informais, pelos proprietários das grandes superfícies comerciais e das lojas das zonas adjacentes.
O automobilista José Constantino refere que parte do lixo ocupou o espaço do estacionamento do Mercado dos Kuanzas, situação que tem provocado colisões entre viaturas e conflito com os reguladores de trânsito, devido ao congestionamento.
A vendedora Madalena Filipe adianta que a grande quantidade de lixo aumenta a insegurança nos Kuanzas, porque até os camiões são assaltados, já que a zona fica sem protecção devido aos residuos sólidos que ocupam uma das saídas do mercado, sendo necessário acompanhamento dos seguranças para entrar e sair do local.
O responsável do Mercado dos Kuanzas, Arsénio Gonçalves, reconheceu haver problemas na recolha do lixo por falta de contentores e diz que junto da administração distrital a direcção tem estado a trabalhar para melhorar as condições sanitárias do local.
O administrador do distrito urbano do Hoji ya Henda, Celsio de Carvalho, diz que o lixo será eliminado definitivamente, quando for reactivado o Ponto de Transferência existente nas imediações.
No entanto, fonte da Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal), responsável pela recolha de lixo no Cazenga, esclarece que aquela zona é uma das mais contentorizadas do distrito e que a retirada dos resíduos tem sido diária.
“ O lixo no separador e no chão é resultado da negligência dos moradores, que insistem em depositar os resíduos no local, na calada da noite, e das pequenas empresas contratadas pelos comerciantes” esclarece a fonte .
Por outro lado, prossegue a fonte da Elisal, é importante que as mesmas superfícies comerciais efectuem contratos com a operadora para recolha do lixo produzido pelas lojas, sob pena de serem multados, já que existe uma orientação do GPL para que os estabelecimentos façam contratos com as operadoras locais.
Ainda assim a Elisal tem previsto uma campanha de sensibilização na zona, para evitar situações do género, finaliza a fonte.