Luanda – A tomada de consciência das mulheres fazerem mais e melhor, vontade de se capacitar cada vez mais e a necessidade de cooperar e construir, sem competir, constituem as principais bases para reforçar o empoderamento feminino no país, considerou a Liga da Mulher Angolana (LIMA), braço feminino da UNITA.
Em declaração alusiva ao Dia Internacional da Mulher, assinalado esta sexta-feira (dia 8), essa organização aponta ainda, entre os pilares do empoderamento, a segurança da mulher e o fim da violência a todos os níveis.
Para a LIMA, a efeméride tem servido para as mulheres reflectirem em torno de várias formas de alcançar o empoderamento e aplicá-lo na prática, trabalhando em benefício de outras mulheres, jovens raparigas e em prol da sociedade angolana.
Segundo a organização, as mulheres da UNITA têm feito tudo ao seu alcance para participar e se capacitar, no sentido de se empoderarem, superarem e estarem preparadas para partilhar o seu conhecimento e dignificarem o partido, com a sua inclusão nos órgãos decisores, aumentando a sua quota, rumo à concretização da equidade do género.
Para a LIMA, a presença, participação e a contribuição da mulher angolana nos vários espaços e níveis da vida social “não devem se resumir apenas nesta data”, mas devem ser permanentes e essenciais para a construção e desenvolvimento da sociedade.
Porém, considera preocupante a taxa de analfabetismo na população adulta que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2019, num universo de 30 milhões 175 mil 553 habitantes, mais de 15 milhões são mulheres.
Para minimizar esse desequilíbrio de género, a LIMA apela ao Executivo angolano a adoptar políticas públicas que vão de encontro às necessidades reais dos angolanos, apoiando iniciativas e propostas de outras forças políticas e de parceiros sociais, que visam contribuir para o bem-estar de todos.
A organização feminina propõe ainda que os projectos de alfabetização existentes sejam efectivamente extensivos a todas as franjas da população.
Para o mesmo fim, a LIMA reitera o seu compromisso na luta pela valorização e dignificação da mulher, desejando à todas as mulheres do mundo, em especial às angolanas, um feliz Março-Mulher.
O Dia Internacional da Mulher surgiu em função de um conjunto de reclamações e lutas, relativamente à igualdade de uma série de direitos, um pouco por todo o mundo a partir do fim do século XIX e durante o século XX. No entanto, só em 1975 é que o dia 8 de Março foi instituído e reconhecido oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU). AMC/QCB