Luanda - Os líderes de diferentes organizações filiadas no Conselho Nacional da Juventude (CNJ) defenderam, nesta quarta-feira, em Luanda, soluções conjuntas para os problemas juvenis.
Ao falarem na sessão de concertação para o Fórum Nacional da Juventude , a decorrer em 2021, a secretária da JMPLA em Luanda, Hemingarda Fernandes, defendeu ser necessário dialogar para se acertar algumas questões a nível de juventude.
Hemingarda Fernandes entende que o diálogo permanente entre os diferentes actores sociais pode servir para a resolução, de forma conjunta, dos problemas dos jovens.
“Para resolver todos os assuntos da juventude, para, no final, todos nos sentirmos partícipes, incluídos e que juntos possamos juntar forças para concretizar e ultrapassar as diferenças”, sublinhou.
Em relação à realização de manifestações, Hemingarda Fernandes diz que a Lei permite manifestar-se, mas o actual contexto marcado pela pandemia da Covid-19 impõe alguns cuidados, devido ao distanciamento.
Por seu turno, a representante da Jura, Isabel da Costa, diz ser necessário que quem governa dialogue com os seus governados.
Considera louvável a iniciativa do Conselho Nacional da Juventude, por ser necessário a existência permanente do diálogo. "As pessoas estão a sair à rua não por vontade própria, mas por necessidade para ver resolvidos problemas ligados ao ensino, emprego, habitação (…) e paz social”, disse.
A também presidente do Conselho Fiscal do CNJ entende ser necessário dialogar para ver onde estão as falhas, de forma a serem corrigidas.
Para o presidente do Fórum Angolano dos Docentes Universitários, Daniel Pereira, o país precisa da juventude para o seu desenvolvimento.
De acordo com o interlocutor, é necessário identificar os problemas e levar à consciência juvenil da cidadania, para apresentar ao Executivo.
O primeiro Fórum Nacional da Juventude realizou-se em 2013, que culminou, entre outras, com orientações sobre a necessidade de o Estado facilitar a aquisição de habitações aos jovens, acesso aos terrenos estruturadas para a auto-construção dirigida.
O fórum havia, igualmente, recomendado a clarificação e divulgação das regras de aquisição de casas nos projectos habitacionais dos municípios, bem como o controlo na comercialização dos imóveis.