Luanda - O bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (Tocoísta), Afonso Nunes, defendeu este domingo a necessidade dos líderes africanos pensarem mais no continente.
O líder religioso fez este pronunciamento no culto de acção de graças alusivo ao 73º aniversário da “relembrança” dessa congregação religiosa que se assinala 25 de Julho.
De acordo com Afonso Nunes, os líderes africanos devem usar os rendimentos financeiros resultantes da exploração dos recursos naturais do continente em prol do bem-estar dos povos.
Disse que a igreja Tocoísta vai continuar a lutar para que este facto seja uma realidade.
“A luta pela liberdade levada a cabo pela Igreja Tocoísta exigiu muito sacrifício, inclusive perda de vidas humanas e, por essa razão, os africanos têm de trabalhar pela sua verdadeira identidade”, frisou.
Frisou que ao longo dos 73 anos, a igreja cresceu, tendo começado com uma única tribo (os bakongos) e actualmente estão inseridas em todas as tribos do país e do exterior.
Destacou que a denominação religiosa hoje é símbolo de muitos países africanos, em particular, e do mundo, em geral.
Considera o 25 de Julho como uma data de muita responsabilidade e de meditação sobre o percurso histórico da igreja.
Referindo-se sobre os valores do africanismo, o fiel Monteiro Capunga lamentou o facto de se não fazer o uso das línguas do continente, tanto pelos políticos, como pela actual juventude.
Na sua óptica, as línguas nacionais estão a ser esquecidas, privilegiando-se as línguas das então potencias colonizadoras.
“O profeta Simão Toco lutou para uma verdadeira liberdade dos povos africanos, mas ainda estamos presos aos princípios coloniais, pois ainda damos primazia à cultura estrangeira, ao invés da africana“, lamentou.
A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo foi relembrada a 25 de Julho de 1949, pelo profeta Simão Gonçalves Toco.