Lubango – Noventa e oito famílias, de 11 mil 451 inscritas na comuna sede do município de Quilengues, na Huíla, para as Transferências Sociais Monetárias do Kwenda, foram excluídas por serem funcionários da administração e esposas destes.
As Transferências Sociais Monetárias são para pessoas sem rendimentos ou com renda baixa, diferente das famílias em causa que não preenchem os requisitos para beneficiar do dinheiro.
A informação vem expressa numa nota de imprensa do Instituto de Desenvolvimento Local “FAS” na Huíla, que a ANGOP teve acesso hoje, quinta-feira, onde lê-se que posteriormente esses poderão ser enquadradas em outras componentes do programa.
Já os cartões das referidas famílias vão ser catalogados com a razão da anulação para, posteriormente, serem distribuídos a outros agregados, que não entraram no programa.
Referiu que ainda falta pagar a primeira prestação a 1. 484 agregados que estiveram ausentes nos pontos fixos de pagamento. Nos próximos dias deve iniciar o procedimento nas comunas do Dinde e Impulo, onde aguardam o benefício oito mil 54 inscritos, perfazendo um total de 19 mil 505 inscritos no municipio do Quilengues.
Segundo o FAS, para além das dificuldades com as vias de acesso, deparam-se ainda com a existência de um único ATM do Banco Internacional de Crédito (BIC) em funcionamento na sede, incapaz de satisfazer a demanda actual.
Com o pagamento em breve das demais comunas, abre-se o desafio aos correspondentes bancários, a fim de explorarem esse segmento de investimento financeiro nas localidades do interior.
Quilengues é o segundo município da província da Huíla a efectuar o pagamento das famílias com as transferências sociais monetárias, depois da Cacula que entrou na fase piloto, actualmente com 25 mil 920 agregados familiares cadastrados para os passos subsequentes.
O Programa de Fortalecimento de Protecção Social “Kwenda” integra igualmente outras três componentes, a Inclusão Social Produtiva, a Municipalização da Acção Social e o reforço do Cadastro Social Único.
É um programa do Executivo angolano com a finalidade de apoiar às famílias em situação de vulnerabilidade ou pobreza extrema.