Catumbela – Pelo menos 241 jovens do município de Benguela beneficiaram, durante o ano 2023, de vários kits profissionais para criar o seu próprio negócio, numa iniciativa da administração local, soube a ANGOP.
Com o suporte do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), os kits para o fomento do auto-emprego em áreas como corte e costura, pastelaria, cabeleireiro e agricultura têm ajudado a tirar os jovens do desemprego que os aflige.
Segundo a administradora municipal de Benguela, Paula Marisa, estes kits incluem produtos para o início imediato da actividade, por exemplo, na pastelaria, de maneira a fomentar o negócio do beneficiário e dar-lhe dignidade.
Falando no acto de entrega de mais 36 kits profissionais e 20 cestas básicas a famílias vulneráveis, no âmbito do programa do 4 de Abril, Dia da Paz em Angola, a responsável referiu que estes meios também ajudam a diversificar a economia e a tirar famílias da pobreza.
Com efeito, destacou que o programa dá primazia aos jovens formados em empreendedorismo e literacia financeira, pelo Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), para o êxito do seu próprio negócio.
Para ter acesso ao programa, disse, os beneficiários escrevem para a Administração Municipal de Benguela solicitando uma ajuda e, depois de seleccionados, frequentam o curso de empreendedorismo, no quadro da parceria com o INAPEM.
Acompanhamento
Também dá conta do acompanhamento feito por intermédio da Área Social e da Direcção Municipal para o Desenvolvimento Económico Integrado sobre a actividade empreendedora dos beneficiários, de maneira a orientar onde for necessário.
“Porque o objectivo é que não parem, mas que ajudem a diversificar a economia, empregando e tirando mais pessoas do desemprego”, referiu, notando que esse acompanhamento tem permitido acautelar que os novos empreendedores cumpram com as suas obrigações junto do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Retorno positivo
Os resultados deste programa têm sido de tal modo positivos que a administradora municipal de Benguela adianta que algumas jovens organizadas solicitaram-na uma eventual parceria com a administração ou com outras empresas, sobretudo na área de pastelaria.
Paula Marisa, que reconhece a habilidade destas jovens, cogita a possibilidade de uma possível parceria com o sector da Educação para que elas sejam fornecedoras da merenda escolar a preços módicos.
Mas, a administradora admite que há também casos de pessoas desonestas já identificadas, principalmente aquelas que recebem kits de cestas básicas.
“Conseguimos detectar porque a nossa base de dados está actualizada”, notou, antecipando que o cruzamento de dados com a Acção Social e com outras administrações municipais vai impedir que essas pessoas recebam kits em outras localidades.
É que, segundo a responsável, o objectivo é de beneficiar o maior número de utentes possível, uma vez que o município de Benguela acompanha mais de 55 mil famílias em situação de vulnerabilidade social.
Conforme Paula Marisa, o levantamento continua a ser feito para saber quem está a fazer bom uso dos kits já disponibilizados, incluindo os de serralharia e canalização.
A administradora municipal de Benguela apela a todos os beneficiários para que saibam empreender, com resiliência, porque a luta contra a fome e a pobreza não é só do Executivo, mas de cada cidadão. JH/CRB