Luanda – Angola e o Japão assinaram, nesta quarta-feira, em Luanda, um acordo que visa a aquisição de peças sobressalentes para as máquinas de desminagem através de uma doação de 350 milhões de ienes (aproximadamente 2,5 milhões de dólares).
O protocolo foi assinado pelo secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Custódio Vieira Lopes, e pelo embaixador do Japão em Angola, Suzuki Toru.
Na ocasião, o diplomata nipónico lembrou que a maioria das máquinas de desminagem em Angola são de marca japonesa, obtidas através da cooperação bilateral.
Porém, frisou, estas máquinas necessitam de reparação e manutenção ao longo do tempo, daí a pertinência da assinatura deste acordo.
Disse esperar que a modernização do equipamento de desminagem, através desta concessão, contribua para operações de desminagem mais eficientes e menos arriscadas em áreas ela é crucial, tais como em zonas com sistemas de transmissão de energia, expansão de zonas agrícolas e industriais, reabilitação de estradas e pontes, entre outros.
Por outro lado, deu a conhecer que o seu país está a trabalhar com entidades angolanas, ong’s nacionais e internacionais, bem como a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), através de financiamento, fornecimento de equipamento, formação e transferência de tecnologia, que totaliza mais de 20 milhões de dólares.
Afirmou que o fim último é elevar o desenvolvimento socioeconómico de Angola e todos os investimentos futuros.
Por seu turno, o secretário de Estado Custódio Vieira Lopes disse que o acordo vai possibilitar a desminagem de mais zonas minadas, de modo a garantir a segurança na circulação de pessoas e bens.
Segundo o responsável, afirmou que Angola conta com o apoio do Japão para acabar com as minas e devolver a tranquilidade às famílias nas zonas rurais, para além de colocar à disposição da população novas áreas para a prática da agricultura.
Esta cooperação, disse, é multifacetica e visa permitir que os programas e projectos existentes possam ser desenvolvidos numa perspectiva de fazer o país estar livre de minas.
“Não é uma tarefa fácil, levará algum tempo, mas acredito que com os nossos parceiros vamos conseguir alcançar esse desiderato”, adiantou. EVC/ART