Lubango – O Instituto de Reintegração Social dos Ex- Militares (IRSEM) prevê implementar, a partir de 2023, um programa de formação técnico-profissional de militares, antes de serem licenciados à disponibilidade para facilitar a sua reintegração social, anunciou hoje, no Lubango (Huíla), o director-geral da Instituição, Jorge Ngungi.
Em declarações à ANGOP, à margem do acto de encerramento do processo de reintegração sócio-profissional dos ex-militares, na Huíla, Jorge Ngungi, afirmou que o objectivo é fazer com que os militares a serem licenciados à disponibilidade saiam das Forças Armadas Angolanas (FAA) com uma componente formativa.
Segundo a fonte, esta formação vai facilitar a reintegração do grupo-alvo na sociedade civil, ao contrário do processo ora terminado, cujo empoderamento acontecia depois de estarem já disponibilizados, o que preocupava os ex-militares.
Sem avançar números de militares a licenciar para disponibilidade, referiu que é um trabalho a ser desenvolvido em conjunto com as FAA, sendo que parte dos militares licenciados à disponibilidade, são absolvidos pela Polícia Nacional.
O processo de reintegração sócio-profissional dos ex-militares teve início em 1992, onde previa-se a reintegração de 241 mil e 400 ex-militares licenciados, nos acordos de paz de Bicesse, Lusaka, Luena e do memorando de entendimento no Namibe.
Desta cifra, até 2017, tinham sido reintegrados e registados no Sistema de Informação e Gestão 160 mil e 863 ex-militares, restando naquela altura 80 mil 537 por reintegrar-se no quinquénio 2018/2022, dos quais até a presente data, foram contemplados 14 mil 239 ex-militares a nível do país.