Huambo – O processo de reintegração socioprofissional dos ex-militares, iniciado em 1992, poderá estar concluindo este ano, na província do Huambo, informou hoje, segunda-feira, o director local do IRSEM, Artur Mutali.
O Instituto de Reintegração Socioprofissional dos Ex-militares conclui, neste momento, a reintegração do último grupo elegível, constituído por 153 cidadãos.
Em declarações à ANGOP, o director do IRSEM, Artur Mutali, disse que os 153 cidadãos estão a ser reintegrados nas áreas da agricultura, serralharia, pequenos negócios e outros projectos, incluindo de motorista, depois de beneficiaram de cursos de condução profissional.
O responsável disse que, a par deste grupo, existem ainda 763 ex-militares não legíveis, que aguardam pela certificação das administrações municipais e comunais.
Artur Mutali referiu que, entre 1992 a 2021, foram reintegrados 45.292 ex-militares nos sectores da agricultura, saúde, construção e obras públicas, educação e administração do território, através do Governo local.
Explicou que para a certificação os ex-militares devem apresentar, essencialmente, a cédula de licenciamento ou o passaporte de disponibilidade dos acordos de Bicesse, Lusaka, Memorando de Entendimento do Luena e Namibe, para além do Bilhete de Identidade.
Referiu que, no domínio da agricultura, a instituição conta com 38 cooperativas formadas por ex-militares que, até em Setembro de 2021, beneficiaram de 41 tractores com as respectivas alfaias, no quadro do reforço da inclusão produtiva dos desta franja da sociedade.
Os equipamentos fazem parte de um lote de 500 tractores, a serem distribuídos às cooperativas agrícolas de ex-militares em todo país, no âmbito de uma iniciativa do Presidente da República, João Lourenço.
O IRSEM controla, na província do Huambo, 45.445 ex-militares elegíveis desmobilizados ao abrigo dos quatro acordos de paz, assinados entre o Governo de Angola, a UNITA e a FLEC, designadamente o de Bicesse, Protocolo de Lusaka, memorandos de Entendimento do Luena e do Namibe.