Sumbe - Os primeiros três corpos, das 11 vítimas do acidente do morro do Chingo, no Sumbe, província do Cuanza-Sul, foram transladados, esta quinta-feira, para a província da Huíla, onde residiam.
Outros dois serão transferidos nas próximas horas para a província do Huambo. Essas são vítimas cujas famílias conseguiram identificar os seus ente queridos.
O acidente aconteceu nesta quarta-feira, envolvendo um autocarro proveniente de Luanda com destino à província da Huíla. Além das mortes, 37 pessoas ficaram feridas, sendo que 29 já receberam alta e as outras continuam internadas no Hospital “17 de Setembro”.
Em declarações à ANGOP, a directora municipal da Saúde no Sumbe, Margarida Bali Henriques, referiu que algumas vítimas estão sem documentação, o que está a dificultar a identificação das mesmas.
Casos há, em que os familiares alegam dificuldades financeiras para transladar os corpos, podendo então contar com a ajuda do gabinete da Acção Social, sector da Saúde e da Justiça.
Aconselhou os familiares das vítimas a deslocarem-se à cidade do Sumbe, para a identificação dos corpos, visto que as duas morgues existentes no hospital 17 de Setembro e Pediátrico estão sem capacidade para conservar os corpos durante muito tempo.
Governador lamenta mortes no acidente do morro do Chingo
O governador provincial do Cuanza-Sul, Narciso Benedito, lamentou, nesta quinta-feira, a morte de 11 pessoas e a situação dos 37 feridos, em resultado do acidente ocorrido, nesta quarta-feira, no morro do Chingo, cidade do Sumbe.
Na nota de pesar o Governo da Província do Cuanza-Sul exprime as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas do trágico acidente.
“Neste momento de dor, as nossas orações, os nossos pensamentos estão com todos aqueles que perderam os seus ente-queridos e com os feridos, desejando-lhes rápidas melhoras”, lê-se na nota.
“Expressamos a nossa solidariedade e apoio a todos os afectados e nos comprometemos a trabalhar em prol de um sistema de transporte e estradas mais seguras e eficientes”, reitera.
Narciso Benedito reiterou a importância de medidas urgentes para melhorar a segurança nas estradas, assim como a necessidade da conclusão da nova circular da cidade do Sumbe, que se torna vital, no sentido de evitar que tragédias do género se repitam.
A nova circular da cidade do Sumbe, iniciada em Setembro de 2024, com término previsto para Dezembro de 2025, contará com um percurso de 38 quilómetros de estradas e uma plataforma de 11 metros e visa descongestionar o tráfego rodoviário na cidade do Sumbe e evitar que os veículos pesados circulem no morro do Chingo, que tem uma inclinação de 10 por cento.
Neste momento, cerca de 14 quilómetros de estrada já possuem uma base e subbase, aguardando a colocação do asfalto.
As obras da nova circular da cidade do Sumbe estão orçadas em USD 589 milhões, 647 mil, 233. IS/LC/PLB