Rivungo - A população do município do Rivungo, a 800 quilómetros a Leste de Menongue, capital do Cuando Cubango, conta, desde esta sexta-feira, com um Centro de Acção Social Integrado (CASI), reabilitado e ampliado pelo Instituto de Desenvolvimento Local (FAS).
Os trabalhos de reabilitação e ampliação das instalações do CASI decorreram em um ano, num investimento de 100 milhões de kwanzas, um projecto que terá sequência com a implementação de 12 pequenos jangos com serviços similares atendidos pelo centro.
Ao intervir no acto inaugural, o chefe dos serviços do Instituto de Desenvolvimento Local, zeferino Cavalo, disse que a inauguração do CASI no Rivungo é um culminar de uma longa trajectória de, aproximadamente, dois anos, desde à apresentação do Kwenda, que comporta as transferências sociais monetárias, a inclusão produtiva, a municipalização da saúde social e o cadastro social único.
Referiu ser mais uma missão do FAS, no quadro da implementação de uma das componentes do programa Kwenda, ligada à municipalização dos serviços sociais, que tem como objectivo aproximar os cidadãos aos serviços essenciais, como aquisição do registo de nascimento, Bilhete de Identidade e intermediar conflitos.
Dos conflitos, o responsável referiu-se da fuga à paternidade, violência doméstica, contra a criança, contra a pessoa idosa, entre outros.
Explicou que o CASI servirá, deste modo, como um espaço de concertação, cujas realizações previstas poderão ser implementadas neste e noutros espaços, com base na demanda quotidiana.
Apesar de o Kwenda estar mais virado, no Cuando Cubango, para a componente de transferências sociais monetárias, o chefe do FAS prometeu que outras acções serão, igualmente, desenvolvidas no Rivungo, visando o contínuo fortalecimento do sistema social junto das pessoas vulneráveis, para a redução da pobreza.
Na sua intervenção, o administrador municipal do Rivungo, João Wilson Chimbinde, considerou que, com a entrada do CASI, muitas dificuldades de pendor social serão supridas, sobretudo,na busca de dados, através dos agentes de desenvolvimento comunitário e sanitário (ADECOS) para prestação de serviços directos da instituição inaugurada.
Solicitou ao FAS a contemplação das famílias que escaparam do processo de cadastramento, tirando proveito da existência do Centro de Acção Social Integrado, no sentido de permitir que venham, igualmente, a beneficiar das transferências monetárias.
João Wilson Chimbinde defendeu a necessidade das famílias abrangidas no Kwenha continuarem a ter maior proveito na utilização racional dos valores monetários recebidos, para que possam, paulatinamente, mitigar os problemas sociais que registam no seu dia-a-dia.
De referir que, dos quatro mil 434 agregados familiares inscritos no Rivungo, 637 ainda não beneficiaram da primeira fase de transferências sociais monetárias, uma situação que está a ser avaliada com a presença da direcção do FAS naquela municipalidade. ALK/FF/ALH