Cuito - A inauguração de uma escola de sete salas de aula, para albergar 700 alunos em dois turnos, na aldeia de Canquengo, município do Belo Horizonte, marcou as comemorações do acto provincial do 4 de Fevereiro, na província do Bié.
A infra-estrutura, inaugurada pela governadora Celeste Adolfo, foi erguida no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, e custou mais de 70 milhões de kwanzas.
O empreendimento social possui sala de professores, gabinetes, quartos de banho e pátio para estacionar viaturas.
O acto provincial da efeméride foi ainda marcado pela entrega de moageiras e kits agrícolas para o fomento da agricultura, adquiridos igualmente com dinheiro do PIDLCP.
Na ocasião, o administrador municipal do Belo Horizonte, Barnabé Sachipili Chimalanji, agradeceu a escolha desta antiga comuna do Chinguar, que ascendeu a município no âmbito da nova Divisão Político-Administrativa, para acolher tão importante acto que reflecte a bravura e determinação de homens destemidos que perderam suas vidas para a liberdade do povo angolano.
Os alunos e a população da Aldeia de Canguengo agradeceram pela construção e entrega da infraestrutura escolar e comprometeram-se em preservá-la para servir não só as presentes como as futuras gerações.
Na sua intervenção, a governadora Celeste Adolfo, que presidiu o acto, reconheceu que o desenvolvimento socioeconómico de Angola e do Bié em particular é fruto do sacrifício consentido pelos bravos heróis da Luta Armada de Libertação Nacional.
Assegurou que o Governo da Província do Bié vai continuar a trabalhar na resolução dos problemas da comunidade, com a aposta na agricultura e a construção de infraestruturas sociais, honrando deste modo com o legado do Presidente António Agostinho Neto, segundo o qual “ o mais importante é resolver os problemas do povo”.
A governante referiu que os feitos do heróis do 4 de Fevereiro devem ser relembrados por todos e com as boas práticas sociais, evitando o roubo, a vandalização dos bens públicos e outros comportamentos negativos que colocam em causa o bem-estar das famílias angolanas.
A governante lembrou que num dia como hoje, em 1961, patriotas angolanos, entre homens e mulheres, iniciaram uma luta contra o domínio colonial, cujo maior ganho foi a conquista da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
Já os antigos combatentes e veteranos da pátria, na sua mensagem, solicitaram mais atenção nos projectos sociais, sobretudo no domínio da agricultura.
As comemorações da efeméride a nível desta região do centro de Angola começaram na comuna do Cunje, município do Cuito, onde a governadora rendeu homenagem aos mártires de resistência da guerra do Cuito, sepulados no Cemitério Monumento, com a deposição de uma coroa de flores.
Estiveram presentes nesta cerimónia a vice-governadora para o Sector Político, Social e Económico, deputados à Assembleia Nacional, membros do Governo, magistrados Judiciais e do Ministério Público, órgãos de Defesa e Segurança, entidades eclesiásticas, autoridades tradicionais e população em geral.
As comemorações decorreram sob o lema “ “Angola 50 Anos, Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas, Construindo um Futuro Melhor”. BAN/PLB