Ondjiva - Noventa e cinco engenhos explosivos foram destruídos hoje, terça-feira, no município de Namacunde, província do Cunene, pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD).
Foram destruídas quatro minas anti-tanque, igual número de minas anti-pessoal, 16 minas de morteiro 82mm, 15 minas de morteiro 60, 13 tockts RPG-7, granadas de mão são 11 e 720 munições diversas.
Em declarações à imprensa, à margem do acto de destruição, o chefe de Departamento do INAD no Cunene, Paulo Taulondjele, informou que os engenhos foram recolhidos nas áreas de Omuloga Washikongo e Chiedi, em Namacunde, tendo a localização dos objectos contado com a participação da população.
Paulo Taulondjele afirmou que continuarão a reforçar as acções de educação sobre os riscos de minas, junto da comunidade rural e suburbanas, para impedir mortes.
Em Fevereiro deste ano, três pessoas morreram e duas ficaram feridas, em consequência da deflagração de uma mina anti-tanque, na comuna da Môngua, município do Cuanhama.
Em 2020, na comuna da Môngua, cinco pessoas da mesma família morreram vítimas da explosão também de uma mina anti-tanque, quando circulavam numa picada a caminho de casa, a bordo de uma moto de três rodas.
No Cunene existem 32 zonas suspeitas de minas, nos municípios do Cuanhama (11), Cahama (10), Cuvelai (seis), Ombadja (quatro) e Curoca (uma), que correspondem uma área total de um milhão, 719 mil e 355 metros quadrados.
Devido a problemas de ordem financeira, as operadoras estão com dificuldade de intervir nessas zonas, apenas realizam pequenas acções baseadas na recolha e destruição de engenhos explosivos.
Actualmente a província conta com três operadoras de desminagem: Brigada das Forças Armadas Angolanas, Polícia de Guarda Fronteira e o Instituto Nacional de Desminagem (INAD).