Caxito – Oitenta e oito casos de violência contra a criança foram registados no primeiro trimestre deste ano, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) do Bengo, informou hoje, quarta-feira, em Caxito, o director da instituição, Luciano Chila.
Em declarações à ANGOP, o responsável disse que, deste número de vítimas, 34 são do sexo masculino e 54 feminino, representando um aumento de 26 ocorrências em relação ao igual período anterior.
Apontou a fuga à paternidade, com 47 casos, violência física (15), sexual (8), psicológica (6), disputa de guarda (4), acusação de prática de feitiçaria (3), igual número de abandono de crianças (3) e homicídios (2) como os casos que tiveram maior incidência durante o período em análise.
Neste período, 1.612 pessoas foram sensibilizadas sobre os direitos da crianças, das quais 694 do sexo masculino e 918 feminino, sendo 781 adultos e 831 menores.
Segundo Luciano Chila, a sobrevivência, o desenvolvimento e a protecção da criança, não são mais questões de caridade, mas uma obrigação moral e legal da sociedade.
Por isso, disse, o actual contexto de estabilidade e de crescimento económico constituem oportunidades singulares para o estabelecimento de um quadro estratégico para a municipalização dos 11 compromissos assumidos para as crianças.
Luciano Chila sugeriu uma competitividade das administrações municipais por forma avaliar e apurar o “Município Amigo da Criança”.
Sugeriu que no Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e de Combate à Pobreza sejam integradas estratégias de prevenção e combate à violência contra a criança e o reforço da expansão das redes de promoção e protecção dos direitos da criança. FS/CJ/ART